O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 77

20

O Sr. Secretário de Estado do Orçamento: — O que o despacho diz é que não é permitido estabelecer

novos compromissos. Ora, novos compromissos não são a execução de contratos que estão estabelecidos.

Protestos do PCP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E comprar batatas para uma cantina escolar, por exemplo?

O Sr. Secretário de Estado do Orçamento: — Repito, novos compromissos não são contratos que estão

em execução.

Como já referi, o Governo deseja manter, até à tomada de decisões, toda a flexibilidade possível e

desejável, neste momento.

O Sr. Deputado João Galamba falou também em ilegalidade, porque, segundo ele, este despacho viola a

autonomia financeira dos serviços. Sr. Deputado, em termos de abrangência, este despacho tem exatamente

a mesma abrangência de despachos anteriores do Governo do PS.

O Sr. João Galamba (PS): — Tem de demonstrar isso, Sr. Secretário de Estado!

O Sr. Secretário de Estado do Orçamento: — Tem exatamente os mesmos termos, nesse aspeto, Sr.

Deputado. Portanto, não sei em que é que isto viola a legalidade.

Sr. Deputado Honório Novo, pergunta o Sr. Deputado por que razão temos de alterar o Orçamento,…

O Sr. Honório Novo (PCP): — As metas!

O Sr. Secretário de Estado do Orçamento: — … por que razão não podemos expandir o défice e

executar este Orçamento com um défice mais alto. Sr. Deputado, qual é a parte da frase «não há dinheiro»

que o Sr. Deputado não entende?

Aplausos do PSD e CDS-PP.

Protestos do PCP.

Sr. Deputado, terei todo o prazer em discutir a execução orçamental de 2012, na Comissão de Orçamento,

Finanças e Administração Pública, com o Sr. Deputado. Mas chamo a sua atenção para o seguinte: aquele

desvio que houve em 2012, e que explicarei em devido tempo, não implicou nem mais um euro de

financiamento relativamente àquilo que estava estabelecido. Já este desvio implica mais financiamento.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não, não implica!

O Sr. Secretário de Estado do Orçamento: — Portanto, há que conter este desvio dentro do próprio

Orçamento.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Renegoceie os juros!

O Sr. Secretário de Estado do Orçamento: — E, Sr. Deputado, grave seria deixar o País sem

financiamento, como foi deixado em abril de 2011, grave seria deixar o País com compromissos por pagar,

como deixaram em abril de 2011, grave seria, Sr. Deputado, não fazermos nada, chegarmos ao fim e não

termos capacidade de financiamento,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso é propaganda!

O Sr. Secretário de Estado do Orçamento: — … porque aí não há despacho do Sr. Ministro das

Finanças, é a realidade que se impõe.