I SÉRIE — NÚMERO 78
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Nesse sentido, Sr.as
e Srs. Deputados, também reafirmamos aqui, através de projeto de resolução,
exatamente aquilo que a Assembleia da República decidiu e recomendou ao Governo em 2011. É exatamente
a mesma coisa!
O que importa agora, sobretudo, é agir. Agir é a palavra de ordem, não há mais nenhuma! E são precisas
respostas do Governo, porque, também nesta matéria, da estabilização das encostas de Santarém, como
noutras matérias, mas nesta, em concreto, não podemos andar a «passar pelos intervalos da chuva». São
precisas respostas concretas, nomeadamente, é preciso saber o que o Governo fez, até hoje, para conseguir o
financiamento para esta obra. O que foi feito até hoje? É preciso saber! Quando é que o Governo pretende
levantar, por exemplo, a suspensão do projeto da variante ferroviária de Santarém, que a REFER suspendeu,
e que é fundamental para que todo este processo vá para a frente?!
Sr.as
e Srs. Deputados, em síntese, é um problema urgente, é um problema que não se compadece com
mais impasses, é um problema em que está tudo resolvido, só é preciso agir e é preciso resposta rápida do
Governo, também nesta matéria, sobretudo em relação ao financiamento.
Em suma, é preciso cumprir aquilo que ficou escrito no protocolo estabelecido entre o Governo e a Câmara
Municipal de Santarém, em 2004, que vou citar, e com isto termino: «É preciso uma intervenção definitiva e
urgente de forma a garantir a segurança das populações, bem como a salvaguarda do património edificado».
Nem mais nem menos. É isto, Sr.as
e Srs. Deputados!
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — Ainda para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Ouvi atentamente as
intervenções de todas as bancadas parlamentares e, depois daquilo que ouvi, ficamos todos com a obrigação
de fazer enorme pressão junto do Governo para que se concretize aquilo que é necessário concretizar nas
encostas de Santarém.
Sabemos a lógica que este Governo tem seguido em relação às matérias de investimento, mas é
importante que saia desta Câmara uma nota muito clara de que este não é um investimento qualquer, é um
investimento que salvaguarda vidas humanas, o que é extraordinariamente importante.
Gostaria também de referir o seguinte: o custo está estimado, já lá vão cerca de dois anos, em 20 milhões
de euros. Isto não é nada, se compararmos com tudo aquilo que se poderá perder, caso haja um desastre.
Mas atenção, porque estes 20 milhões de euros podem dobrar para 40 milhões de euros, caso deixemos
arrastar a intervenção por mais não sei quantos anos e, portanto, em vez de pagarmos os 20 milhões, daqui a
pouco, estaremos a pagar o dobro, ou seja, ficará mais caro pela inação.
Por último, Sr.as
e Srs. Deputados, os projetos de resolução, por consenso entre todas as bancadas, vão
baixar à comissão sem votação para que aí procuremos encontrar um texto comum, e espero que, de facto, o
consigamos. No entanto, e porque não sei se isto vai ficar no texto final, gostava de dizer que o projeto de Os
Verdes solicita ao Governo o início da intervenção já em 2013, porque, na nossa perspetiva, isto é muito
importante, ou seja, importa que se comece a agir já, que não fiquemos apenas nos processos de intenção,
que marquemos datas para o início da intervenção.
Por outro lado, para além do cumprimento da resolução de 2011, aprovada pela Assembleia da República,
Os Verdes também propõem que se revogue de imediato a suspensão da execução do projeto da variante à
linha ferroviária, que é uma coisa importantíssima. A linha ferroviária tem tudo a ver com as encostas e as
encostas têm tudo a ver com a linha ferroviária, e este desvio é extraordinariamente importante.
O Sr. Honório Novo (PCP): — Muito bem!
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Serra.
O Sr. Nuno Serra (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Quero dizer que concordo
perfeitamente com o que a Sr.ª Deputada Helena Pinto aqui disse, nomeadamente ao perguntar porque é que