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26 DE ABRIL DE 2013

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Quando um partido apresenta uma moção de censura é porque considera que a vida política de um

Governo chegou ao fim.

Aplausos do PS.

É esse o nosso entendimento e é isso que estes números e estas execuções nos demonstram.

Sr. Deputado, acompanho-o totalmente quando refere, tal como eu fiz, a importância de respeitar os

portugueses na forma como se transmite e comunica a informação. Obviamente, em Portugal, a confiança é

hoje um bem escasso, mas quanto menos transparência houver da parte de quem nos governa, menor será a

confiança, menor será a capacidade de mobilizarmos os portugueses para os desafios que temos de enfrentar.

O Governo perde todos os dias esse capital, e o mau é que esse capital é perdido pelo Governo mas é

também perdido por todo o País, tendo impacto em todos nós.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Bem lembrado!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Em relação à questão do Memorando e da troica, Sr. Deputado, sejamos

muito claros: nós temos um acordo e cumprimos os nossos compromissos, mas entendemos que Portugal

deve negociar com a troica.

De um lado, está Portugal e, do outro lado, está a troica — um País e um conjunto de instituições que têm

de encontrar em conjunto um caminho que permita que este País cresça, crie emprego e possa solver os seus

compromissos. O que tem acontecido até agora? De um lado, estão a troica e o Governo e, do outro lado, está

Portugal; a troica e o Governo impõem condições ao País e aos portugueses que não lhes permitem nem

crescer, nem criar emprego, nem criar riqueza para solvermos os nossos compromissos. Essa é a grande

diferença.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — O que propomos — e essa é a grande condição para trabalharmos em

conjunto — é que todos juntos renegociemos com a troica um programa ajustado àquilo que precisamos, que

permita criar emprego, que permita crescer, que permita tornar este País viável.

Se o Governo quiser continuar a ser aliado da troica, não é aliado dos portugueses.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães para pedir

esclarecimentos.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Carlos Zorrinho, o senhor veio fazer

aqui um discurso ligado às áreas e, por esta ordem (já perceberá por que é que começo por fazer este

enquadramento), financeira e económica.

Em relação à área financeira, cheguei a pensar que o Partido Socialista vinha, de alguma forma, fazer um

ato de contrição. É que ouvimos os Srs. Deputados do Partido Socialista, mas não só, também os Deputados

da restante oposição, dizerem, há cerca de 10 dias, que, por causa do célebre despacho do Ministro de

Estado e das Finanças, por força desse caso criado pela oposição, o País ia parar, ia ser asfixiado, que não

haveria nenhuma aquisição de bens e serviços, de matérias essenciais.

Sr. Deputado, se o PS tinha razão, o País manifestamente não deu por isso. O despacho era transitório,

como sempre dissemos, e foi hoje revogado. O País não parou,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Parou, parou!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Houve escolas que deixaram de ter lanche!