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I SÉRIE — NÚMERO 82

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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … e, dessa forma, pudemos manter uma política de rigor orçamental.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Mas não, o Sr. Deputado falou da execução orçamental. E quanto a

esta matéria, Sr. Deputado, não creio que aquilo que nos veio transmitir seja exatamente como disse.

Sr. Deputado, eu estava à espera que salientasse também que há alguns indicadores, alguns sinais

positivos e que há metas que estão a ser cumpridas. É a questão clara do défice, que, de acordo com os

valores da execução orçamental, ficou cerca de 500 milhões de euros abaixo do limite previsto que Portugal

tem de cumprir.

Protestos do Deputado do PS João Galamba.

Portanto, há aspetos positivos que não fica bem ao Partido Socialista olvidar, até pela sua História e por ser

um grande partido de alternativa.

A posição do Partido Socialista é um pouco assim: se os dados são maus, congratula-se (os dados não são

maus só para o Governo e para a maioria, são maus para os portugueses, que vão passar imensas

dificuldades e sacrifícios!); se os dados têm alguns aspetos positivos, então, é uma questão de propaganda.

Nada do que tem sido feito pelos portugueses e esses sacrifícios parecem justificar essa posição do Partido

Socialista.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Que habilidade!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Para terminar, há uma outra questão que eu gostaria de abordar.

Não deixa de ser curioso que o Partido Socialista tenha passado aqui muito tempo a dizer que este

Governo fala muito sobre finanças, é excessivamente concentrado nas finanças, é focado nas finanças (aqui e

acolá, Sr. Deputado José Junqueiro, com algumas pessoas do partido a dizerem que, de facto, é preciso falar

de economia). Mas no primeiro dia após a realização de um Conselho de Ministros especificamente sobre

economia, dedicado ao crescimento e emprego, que tema escolhe o Partido Socialista para a sua declaração

política? As finanças! Sr. Deputado, é uma ironia parlamentar, acontece a todos.

Sr. Deputado, acho que, neste momento, os portugueses estão mais interessados em saber se o PS

concorda ou não com o papel da Caixa Geral de Depósitos e que ela tenha uma missão de financiar as

pequenas e médias empresas. O PS concorda ou não que é preciso desburocratizar a nossa Administração

Pública no que respeita aos investimentos externos? Concorda ou não que é preciso melhorar a

desburocratização, nomeadamente ao nível das exportações? Concorda ou não com um conjunto de medidas

que foram ontem apresentadas?

É que o PS passou muito tempo, e às vezes bem, a falar de economia, mas quando as medidas acontecem

prefere falar de finanças.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Zorrinho para responder.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Nuno Magalhães, em primeiro lugar, queria

deixá-lo completamente descansado: todas as medidas de caráter positivo para a nossa economia que forem

apresentadas neste Parlamento terão o voto favorável do Partido Socialista. Apresentem-nas, passem das

palavras aos atos, e nós cá estaremos para as aprovar, até porque foram medidas que nós próprios

propusemos em devido tempo.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Muito bem!