16 DE MAIO DE 2013
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Sétimo facto: como parte da coligação, estou profundamente convencido de que não haverá esta taxa, para
desgosto de certa oposição.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Está convencido até ao dia em que fizerem o contrário!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Já agora, Sr.ª Presidente Sr.as
e Srs. Deputados, Srs. Deputados do
Partido Socialista, vamos também a factos, e convém recordar alguns ao Partido Socialista.
Primeiro facto: no Orçamento do Estado para 2011 houve o congelamento de pensões a mais de 3 milhões
de pensionistas, incluindo pensões mínimas sociais e rurais. Não foi intenção, foi uma ação da parte de 37
Deputados, hoje, do Partido Socialista, ex-Secretários de Estado e ex-Ministros, que, na altura, congelaram
pensões e, pelos vistos, na altura, não havia nem pais, nem avós, nem filhos, nem netos com os quais os
senhores estivessem preocupados.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Trinta e sete Deputados que devem estar com a consciência pesada, Srs. Deputados.
Protestos do PS.
Segundo facto: no Orçamento do Estado para 2011, os senhores congelaram também o complemento
solidário para idosos. 37 Deputados do Partido Socialista, ex-governantes, também devem ter memória
pesada, hoje, quando vêm fazer este tipo de debate.
Terceiro facto: o Partido Socialista negociou o Memorando de Entendimento…
O Sr. António Braga (PS): — Está lá!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … que, infelizmente, neste momento, os portugueses são obrigados
a cumprir por força de seis anos de irresponsabilidade socialista, o qual previa que todos os pensionistas,
todas as prestações sociais tivessem de ser taxadas, tivessem de ser tributadas em sede de IRS. Onde
estavam então os avós, os filhos e os netos de que o Deputado Carlos Zorrinho aqui tanto fala?
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Por isso, Sr.ª Presidente, há aqui uma pergunta que, de facto, já que o Governo esclareceu aquela que o
Grupo Parlamentar do PS queria esclarecer, o PS deve esclarecer aos portugueses: quer rasgar o
Memorando, como o PCP e o Bloco, ou quer manter-se no arco da governabilidade e cumprir com o que
assinámos?
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca, do BE.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, Sr. Ministro, quero saudá-lo pela
sua presença, porque é o Ministro certo para as questões que queremos aqui colocar.
Gostava de falar-lhe de factos mas também de compromissos e dizer-lhe que, nesta altura, o senhor veio
aqui fazer um compromisso, veio dizer-nos que se comprometia a estudar outras alternativas, quando até já
nos tinha dito que já tinham estudado todas as alternativas de cortes e tinham de entrar no último recurso, e o
último recurso era cortar pensões. Mas diz-nos agora o Sr. Ministro que ainda têm outros recursos — portanto,
primeira falta de compromisso.
Mas esta falta de compromisso tem muito mais números que os factos que o Sr. Deputado Nuno
Magalhães aqui enumerou.