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24 DE MAIO DE 2013

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Foi isto que eu disse e não que estava aqui a propor a saída da moeda única. Aliás, tive a honestidade, que

o senhor omitiu, de dizer que essa posição passará sempre e também por uma posição clara do povo, coisa a

que os senhores não fizeram quando quiseram que o País a ela aderisse.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

Finalmente, Sr. Deputado António Braga, queria, porventura, dar-lhe uma novidade. Não está aqui entre

nós, porque, se calhar, ele confirmá-lo-ia, mas o senhor tem na sua bancada um Deputado que faz parte da

Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública e que escreveu o seguinte: «Uma das quatro

alternativas para a saída da crise é defender que o euro será sempre social, económica e politicamente

insustentável e que o melhor é procurar uma alternativa o mais rapidamente possível.»

E dizia ainda o seguinte: «Das quatro alternativas, o único caminho desejável consiste em tentar

desmantelar de forma coordenada a União Monetária sem pôr em causa o próprio projeto europeu.»

Meu Caro Deputado António Braga, é capaz de se indignar por esta proposta avançada por um Deputado

do seu grupo parlamentar, proposta esta que, aliás, está em perfeita sintonia com a minha intervenção?

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado António Rodrigues.

O Sr. António Rodrigues (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Honório Novo, eu estava à espera de

alguma novidade no seu discurso mas, afinal, o senhor repetiu aquilo que, de facto, o PCP anda a dizer há

mais de 15 anos.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Rodrigues (PSD): — O PCP não conseguiu evoluir, não conseguiu ver o mundo, não

conseguiu ver que todos nós estamos diferentes e que, afinal, as soluções do PCP são as mesmas que tinha

em 1996 e não são as soluções que se adequam ao País do dia de hoje.

Protestos do PCP.

Sr. Deputado Honório Novo, eu sei que o seu grupo parlamentar se excita muito quando fala do euro e que

se enerva, mas é incapaz de ver que o mundo mudou.

Sr. Deputado Honório Novo, deixe-me dizer-lhe duas coisas.

Primeira, é verdade que o euro é também um projeto político. É um projeto de união, é um projeto que

visava ter todos os povos europeus a lutar para o mesmo lado.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Pode começar a aprender alemão…!

O Sr. António Rodrigues (PSD): — Segunda, é verdade também, deixe-me que lhe diga, que o projeto

nasceu imperfeito e é verdade que todos estamos a tentar fazer com que ele nasça perfeito.

O contributo que eu esperava do Sr. Deputado era que, em vez de renegar a Europa, em vez de renegar a

moeda única, em vez de renegar a União, que saísse do seu isolacionismo, saísse do seu nacionalismo,

saísse do seu conservadorismo, conseguisse avançar, evoluir e que apresentasse uma proposta que fosse útil

para melhorarmos, uma proposta no sentido de conseguirmos corrigir aquilo que tanto renega.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Rodrigues (PSD): — Por isso é que é importante discutirmos a união bancária e por isso é

que é importante discutirmos a supervisão bancária.