31 DE MAIO DE 2013
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A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto, do
CDS-PP.
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Conceição Bessa Ruão, queria
saudá-la vivamente por nos ter trazido aqui hoje o tema da saúde, mais concretamente as questões
relacionadas com a política do medicamento.
Começo por dizer que nos associamos às suas declarações no que toca à preocupação por manter todas
as medidas que visem a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e o acesso, nomeadamente dos mais
vulneráveis, aos cuidados de saúde. É uma preocupação vossa e é inquestionável que sempre tem sido uma
preocupação para o CDS.
O Ministério da Saúde tem tomado medidas muito concretas, algumas delas já referidas, medidas essas há
muito adiadas e que visam, em primeiro lugar — convém lembrar —, pagar o grave endividamento que este
Ministério herdou e que comprometia vivamente a sustentabilidade do SNS.
Vozes do CDS-PP: — Bem lembrado!
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Não basta apregoar que nos preocupa a sustentabilidade do SNS,
há que tomar medidas consentâneas para garantir que essa sustentabilidade seja um facto.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Como disse, as medidas têm sido tomadas e não vale a pena, por
causa da existência de vários problemas que reconhecemos, ignorar ou menorizar os resultados concretos e
os avanços que têm sido conseguidos.
Gostaria apenas de relembrar, porque isto é realidade e não ficção, ao contrário do que já aqui foi afirmado,
medidas como: o intenso combate à fraude no Serviço Nacional de Saúde; o aumento do número de isentos
de taxas moderadoras;…
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — … a importância dada aos cuidados de saúde primários, com
mais cidadãos portugueses a terem acesso a médico de família…
Vozes do CDS-PP: — Ora bem!
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — … e com um maior número de consultas realizadas nos cuidados
de saúde primários; os ganhos a nível dos cuidados continuados e dos cuidados paliativos; a implementação
de normas de orientação clínica, um ato inovador antes não efetuado.
Poderia enumerar outras mais que são realidade e não ficção, nomeadamente a expansão do Programa
Nacional de Acreditação em Saúde, que visa a qualidade e a segurança dos cidadãos nos cuidados que
recebem, a reorganização no combate ao desperdício a nível hospitalar, entre tantas outras.
De qualquer forma, a Sr.ª Deputada falou, e bem, nas questões da política do medicamento e eu gostaria
de lembrar que o Governo já reduziu custos administrativos e de contexto; já atuou sobre os preços com as
convenções; tornou obrigatória a prescrição por denominação comum internacional (DCI), uma luta que o CDS
há muito trazia a esta Casa; e aumentou significativamente a quota de genéricos.
Tudo isto para reduzir os gastos com medicamentos.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Penso que é uma medida consensualmente reconhecida como
positiva.