27 DE JUNHO DE 2013
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… nem da bancada do Partido Socialista; governo, Sr. Deputado, para permitir que todos os portugueses
que têm feito um sacrifício enorme para fechar este Programa de Assistência, para resgatar a situação do seu
País, para poderem ter uma voz, como é evidente, digna para o futuro junto dos seus filhos e dos seus netos e
para que possam ver os seus sacrifícios coroados de êxito.
É para isso que governo, Sr. Deputado. Nessa medida, não funciono como um catavento, não ando todos
os dias a prometer incoerências e o contraditório.
Protestos do PS.
Faço aquilo que é necessário para, no fim do meu mandato, aceitar a responsabilização democrática,
olhando para os portugueses e dizendo «não precisam alguns de me criticar uns dias, outros de me aplaudir
em alguns momentos, mas poderão ter a certeza de que no final do processo o Governo entregará ao País
aquilo a que se comprometeu.»
É isso que eu estou a fazer, Sr. Deputado. Tivessem os Srs. Deputados do Partido Socialista feito isso no
passado e não estaríamos aqui.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, vou manter o respeito e a elegância que
devem existir em todos os debates políticos no nosso País.
Aplausos do PS.
Vozes do PSD: — Oh!
O Sr. António José Seguro (PS): — E devo dizer-lhe que só o desespero que se apoderou de si é que
pode justificar a atitude que aqui teve, com a sua intervenção.
Aplausos do PS.
Nenhum português me pediu nem me passou procuração para aqui falar, mas eu falo em nome daquilo que
vejo e daquilo que sinto, porque não fico no meu gabinete a fazer política; ando pelo País a ouvir as pessoas,
a ouvir as suas dificuldades, a ouvir os sacrifícios por que passam.
Aplausos do PS.
Faço isso! Esta bancada apresenta propostas, e amanhã teremos, mais uma vez, oportunidade de discutir
e de verificar, através de um teste muito simples, aquele que é o vosso discurso.
Mas há uma coisa que lhe quero dizer, Sr. Primeiro-Ministro: o senhor pode fugir às suas
responsabilidades, mas não se pode esconder. Os portugueses não o deixam esconder, porque o senhor tem
de prestar contas perante estes dois anos de desastre nacional.
O senhor tem de responder por isso.
Aplausos do PS.
E mais, Sr. Primeiro-Ministro: o senhor volta a dar outra machadada no diálogo político e no consenso
político com o Partido Socialista. O senhor não pode andar às segundas, quartas e sextas a dizer que o País
precisa do consenso do Partido Socialista e depois vir a um debate quinzenal e tratar o Partido Socialista da
forma como o senhor aqui o tratou. Não lho permitiremos!