27 DE JUNHO DE 2013
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Pedia às pessoas que se retirassem.
Neste momento, os mesmos elementos do público começaram a entoar a canção «Grândola, Vila
Morena».
Se não se importam, retirem-se. E respeitem o Parlamento, que é vosso.
Pausa.
Façam favor de sair.
Sr. Primeiro-Ministro, a Mesa descontará no tempo do Governo, da forma adequada, a interrupção que
ocorreu.
Faça, pois, o favor de continuar.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, como dizia, em resposta ao Sr. Deputado Jerónimo de Sousa,
aguardo informação do Ministério das Finanças sobre esta questão dos 150 milhões de euros a que se referiu,
que, presumo, só possa estar relacionada com o processo de transferência de capitalização do próprio Estado.
Mas o ponto da situação sobre o Banif foi aquele que fiz aqui há pouco e não tenho nesta altura qualquer
outro elemento que possa acrescentar.
Quanto à questão dos dois anos de governo, Sr. Deputado, o Governo aproveitou os dois anos de governo
para, de uma forma informal, fazer um ponto da situação sobre, evidentemente, os progressos que
alcançámos em matéria de execução do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF); também
no que respeita à execução das reformas estruturais que, desde o início, guiaram a ação política do Governo;
e sobretudo também para poder planear a sua ação nos dois anos que temos pela frente de mandato.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Talvez não seja tanto!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, aquilo que o Governo fez é, portanto, muito usual fazer-se e não
adquire nenhum simbolismo particular a que eu me queira associar.
Mas quero dizer-lhe que foi particularmente inspirador poder fazer essa reflexão e esse ponto de situação
no Mosteiro de Alcobaça.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso foi porque não o quiseram em Óbidos!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Isso eu posso garantir.
O Sr. Deputado não levará a mal que, desse ponto de vista, eu gostasse de associar o simbolismo do
Mosteiro àquilo que tem sido a forma parcimoniosa como o Governo tem olhado para a utilização dos
dinheiros públicos e como tem procurado pautar a sua intervenção, preparando o País para finanças públicas
mais saudáveis, como não temos em Portugal há muitas dezenas de anos.
Aplausos do PSD e CDS-PP.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Se era assim tão bom, por que é que não o quiseram em Óbitos?!
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, faça favor.
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr.ª Presidente, o Sr. Primeiro-Ministro não dispõe de mais tempo,
mas, paciência, falo eu.
Sr. Primeiro-Ministro, nós acreditamos que se este Governo continuasse mais dois anos, até podia baixar o
défice. O grande problema é o de saber que País é que sobraria, que emprego, que empresas, que economia
é que sobrariam num país destruído com esta política.