I SÉRIE — NÚMERO 109
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Imaginemos o que seria, nesta situação de desemprego, se não houvesse uma política de medicamento
que reduziu extremamente os preços e tornou os medicamentos mais acessíveis.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Também para responder às questões colocadas, tem agora a palavra o Sr.
Secretário de Estado das Finanças.
O Sr. Secretário de Estado das Finanças (Manuel Rodrigues): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Honório
Novo, deixe-me dizer-lhe que a dívida pública será inferior a 130% e, acrescento, não só será inferior a 130%
como, se tivermos em conta as disponibilidades de tesouraria, será inferior a 120%.
O Sr. Honório Novo (PCP): — Não basta dizer, tem de demonstrar nas contas!
O Sr. Secretário de Estado das Finanças: — Relativamente ao peso dos juros…
Protestos do Deputado do PCP Honório Novo.
Sr. Deputado, deixe-me responder à sua questão.
O peso dos juros em 2012, 2013 e 2014 mantém-se estável e é de 4,4 pontos do PIB. E deixe-me
acrescentar que a dívida externa também releva para a sustentabilidade da dívida pública, e é esperado que a
nossa dívida externa diminua em 2013, diminua em 2014 e diminua em 2015.
O Sr. João Galamba (PS): — Ainda não diminuiu nada!
O Sr. Secretário de Estado das Finanças: — Finalmente (e para corrigir uma referência que foi feita há
pouco), este Governo conseguiu diminuir o custo de financiamento da República a cinco anos de mais de 22%
para um valor inferior a 7%. E este é um fator essencial para reganhar a credibilidade e a autonomia financeira
que o nosso País perdeu e à qual se seguiu um programa de resgate.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não respondeu a nada, por isso é que não passou de Secretário de
Estado!
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, temos ainda um conjunto de três pedidos de esclarecimento ao Sr.
Ministro.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Honório, do Bloco de Esquerda.
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Saúde, dou uma segunda oportunidade ao
Governo: explique-nos o que está aqui hoje, de facto, o Sr. Ministro a fazer?
Se veio falar como o prometido, o desejado ou o potencial Ministro das Finanças, pode aproveitar a
oportunidade para esclarecer os portugueses sobre se este Governo vai manter o seu compromisso de fazer
um corte de 4700 milhões de euros nas funções sociais do Estado, se a carta assinada pelo Sr. Primeiro-
Ministro Pedro Passos Coelho e entregue à troica mantém a validade, com todos os cortes em todas as áreas
sociais.
Se veio falar como Ministro da Saúde, e dado que o debate é sobre dívida pública e sustentabilidade dessa
mesma dívida, propunha-lhe que falássemos sobre a insanidade política que tomou conta dos governantes…
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Muito bem!