5 DE JULHO DE 2013
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A Sr.ª Cecília Honório (BE): — …. e que conduziu à insustentável degradação política, que é da vossa
responsabilidade.
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Exatamente!
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Falemos de insanidade política.
Vítor Gaspar, nove meses depois — repito, nove meses depois — saiu de um Governo tendo a garantia de
que tinha deixado o País de rastos. Mais no fundo era difícil!
Entretanto, o Sr. Primeiro-Ministro, porventura com a síndrome de abstinência de alguns amigos mais
próximos e que se foram, escolhe para Ministra das Finanças uma pessoa mesmo, mesmo, mesmo muito
próxima. O critério só pode ter sido esse, porque colocar como Ministra das Finanças a «senhora swap» era,
de facto, muitíssimo arriscado quando este Parlamento se responsabiliza por uma averiguação sobre esta
matéria tão delicada para todos.
Por outro lado, Paulo Portas faz o psicodrama, que bem conhecemos, dizendo que não tem condições para
ficar no Governo, que seria um ato de dissimulação, que é politicamente insustentável e não é pessoalmente
exigível. Mas, entretanto, coloca-se a hipótese de poder vir a ser, eventualmente, ou vice-primeiro-ministro ou
ministro da economia.
Explique-nos, Sr. Ministro, se tem alguma responsabilidade política e se quer falar em nome deste
Governo, o que é este corrupio de atos de insanidade, de irresponsabilidade que levam o País para o abismo!
Acha, como Ministro da Saúde, que há algum remédio? Na verdade, Sr. Ministro, o que sabemos hoje é que
este Governo é um cadáver político, é um cadáver político que não assume as suas responsabilidades.
Temos um Sr. Ministro que nem sequer quis vir discutir connosco e explicar aos portugueses quer o
pântano político em que o País está mergulhado quer as consequências tão graves das vossas políticas de
austeridade, que conduzem apenas ao autoritarismo e à degradação da política nas vossas mãos.
Pode ainda ter uma segunda oportunidade, Sr. Ministro, não sei se quer aproveitar para responder.
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta é do PSD, pelo que tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Sofia
Bettencourt.
A Sr.ª Ana Sofia Bettencourt (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da saúde, assistimos hoje a mais uma
tentativa da oposição de iludir a realidade.
Risos do PCP e do BE.
Parece ser fácil este papel da oposição: diz mal — aliás, só diz mal — e só tem uma visão derrotista do
País.
É verdade que vivemos momentos difíceis da nossa história e vivemo-los desde que nos vimos obrigados a
recorrer a financiamento externo até para assegurar os pagamentos mais imediatos do Estado.
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Isso não é verdade!
A Sr.ª Ana Sofia Bettencourt (PSD): — Por causa desta realidade, o que se exige, hoje, a todos é
bastante mais do que falar mal.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Ana Sofia Bettencourt (PSD): — Os sacrifícios de todos merecem mais de todos nós, a nossa
responsabilidade é hoje indiscutivelmente maior em face dos desafios que Portugal enfrenta.