13 DE JULHO DE 2013
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Risos do PCP.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Primeiro-Ministro, ainda que pareça custar ou pesar na
consciência de alguns partidos, tudo isto significa uma balança comercial consistentemente melhor, mas
significa também que há projeções de entidades independentes que preveem um crescimento económico,
ainda que ténue, mas que, sobretudo, do ponto de vista do sinal, representa, no último trimestre, uma inversão
daquilo que vinha a acontecer, que era uma recessão desde há 10 trimestres consecutivos. E também importa
que isso seja sublinhado.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Mas, quando se fala muito na procura interna e na necessidade de
intensificar a procura interna, importa também referir que um estudo de uma reputada empresa ao nível do
mercado deu conta de que, no período entre 20 de maio e 16 de junho, houve um aumento do consumo, que
cresceu 5,1% em termos gerais e 5,8% no setor da alimentação, o que também é um sinal de que, com
políticas de rigor orçamental, de cumprimento daquilo a que nos comprometemos e pagando a quem
devemos, podemos estimular, não artificialmente, como outrora, mas realmente, a procura interna. E, em
nosso entender, também é importante sublinhar isso, Sr. Primeiro-Ministro.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Este debate ocorre, não há que negá-lo, numa altura em que há uma
iniciativa do Sr. Presidente da República no sentido de promover o que denominou como um «acordo de
salvação nacional», que também não deixou de identificar, de forma muito clara e exata, embora isto pareça
não ser relevante para alguns grupos parlamentares aqui representados, os riscos que eleições antecipadas
trariam ao nosso País e ao esforço a que os portugueses têm sido sujeitos nos últimos anos, sublinhando,
nomeadamente, a necessidade de compromisso e diálogo, que é uma exigência de todos, que a todos
responsabiliza e que por isso todos devem ser avaliados. São estes aspetos que, na nossa opinião, não têm
sido devidamente sublinhados.
Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, aqui chegados, importa sublinhar, sem qualquer tipo de dificuldade, que a
maioria ultrapassou os seus problemas, fê-lo com institucionalidade e celeridade, não se entreteve em meras
trocas de cadeiras, pelo contrário procurou uma solução política sólida.
Risos do PCP, do BE e de Os Verdes.
A situação do País, pelos vistos, merece a risota dos partidos da esquerda mais à esquerda.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Ficam, hoje, os portugueses a perceber e a entender o sentido de responsabilidade da esquerda mais à
esquerda.
Mas, Sr. Primeiro-Ministro, passando a assuntos sérios e que preocupam os portugueses, importa dizer
que, mais do que uma dança de cadeiras, procurámos uma solução política sólida e abrangente, que
permitisse evoluir para um ciclo económico mais acentuado e dinâmico, e entregámos ao Sr. Presidente da
República uma solução governativa.
Quero sublinhar, Sr. Primeiro-Ministro, a si e aos dois líderes dos partidos da coligação, que o CDS confia
nessa solução. Mas também lhe quero dizer, Sr. Primeiro-Ministro, que o CDS sabe, como todos sabemos, o
quão importante é o diálogo político e uma cultura de compromisso em qualquer altura, e, sobretudo, em
tempos excecionais, como aqueles que vivemos, e repetidamente o dissemos, quer ao maior partido da
oposição, quer em sede de concertação social.