O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

13 DE JULHO DE 2013

33

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, entramos na terceira ronda de perguntas, à qual o Sr. Primeiro-

Ministro responderá em conjunto.

Estão inscritos, pelo PS, o Sr. Deputado António José Seguro, pelo PSD, o Sr. Deputado Miguel

Frasquilho, pelo Bloco de Esquerda, a Sr.ª Deputada Helena Pinto, e, de novo, pelo PSD, a Sr.ª Deputada

Teresa Leal Coelho.

Sr. Deputado António José Seguro, tem a palavra.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr. ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, começo por uma

concordância: quando há uma comissão de inquérito no Parlamento português, não devemos precipitar-nos,

não devemos julgar antes de se tirarem conclusões e muito menos devemos acusar antes de essas

conclusões serem apuradas.

Como bem teria ficado o Governo, em particular a equipa das Finanças, se tivesse assim agido, antes de

ter iniciado o processo na Comissão de Inquérito deste Parlamento.

Aplausos do PS.

Se houve alguém que, a esse propósito, tirou conclusões mesmo antes de estar formalizada essa

comissão de inquérito foi o seu Governo e foram membros do seu Governo. Não me esqueço que o fizeram

publicamente, através de uma conferência de imprensa dedicada ao efeito, no mesmo dia e à mesma hora em

que o Secretário-Geral do Partido Socialista iniciava a sua intervenção no Congresso Nacional do próprio

Partido Socialista.

Aplausos do PS.

Segunda nota: será um bom contributo para a democracia que todos nós tenhamos contenção e, quando

há uma comissão de inquérito, essa contenção deve ser maior. Caso contrário, não é uma comissão de

inquérito, é uma comissão de ajuste de contas entre uma maioria parlamentar conjuntural e anteriores

governos.

Aplausos do PS.

Todos têm direito ao seu bom nome e, se queremos começar por dignificar a democracia, a sua maioria

parlamentar deve seguir as suas palavras.

A terceira nota que quero deixar tem a ver com a referência à atitude e à posição da Diretora-Geral do

Fundo Monetário Internacional.

Como o Sr. Primeiro-Ministro sabe, o Fundo Monetário Internacional, pelo menos em termos de discurso,

muda de opinião com uma grande facilidade. Cabe a nós, País, defender a dignidade nacional e a dignidade

do povo português.

Nunca me ajoelhei perante a troica.

Risos do PSD.

Por muito que isto provoque sorrisos na bancada do PSD, volto a dizer: o PS nunca se ajoelhou perante a

troica.

Aplausos do PS.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Estendeu a mão!

O Sr. António José Seguro (PS): — Nunca poupei trabalhos nem argumentos para, nas reuniões que tive

com a troica, poder dizer aquilo que considerava ser o erro do Programa que estava a ser aplicado pelo seu

Governo, com as medidas adicionais que não estavam previstas, tendo em consideração a realidade