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13 DE JULHO DE 2013

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Vozes do PSD e do CDS-PP: — Oh!…

O Sr. António José Seguro (PS): — O que é necessário é olharmos o futuro, porque o estado do nosso

País é, infelizmente, pior do que há dois anos.

O legado que o senhor nos deixa é, do ponto de vista económico e social, dramático, com quase um milhão

de portugueses desempregados, com uma espiral recessiva do ponto de vista económico e com uma crise

política como não há memória na nossa vida democrática.

Aplausos do PS.

E mais, Sr. Primeiro-Ministro: a crise política mina os alicerces da nossa democracia. B basta falar com os

portugueses para perceber que ela, infelizmente, não o atinge só a si ou ao seu Governo, alastra, infelizmente,

a todas as instituições.

A nossa responsabilidade é a de credibilizar a política…

Vozes do PSD: — Pois, nota-se!

O Sr. António José Seguro (PS): — … e de criar condições para que exista uma relação de confiança

entre os portugueses e os seus representantes.

É por isso que o Partido Socialista, não se movendo, uma única vez, nem um milímetro que seja, da sua

posição desde há dois anos, está disponível para iniciar processos de diálogo com todos os partidos políticos

com assento parlamentar.

Aplausos do PS.

Não se trata de um processo de diálogo entre o Governo e o Partido Socialista. Não, porque este Governo

tem os dias contados, está a prazo.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — Trata-se de um processo de diálogo, correspondendo a um apelo do

Sr. Presidente da República, entre todos os partidos políticos com assento neste Parlamento que estejam

disponíveis e que queiram contribuir com soluções para o País.

Uma vez que já ultrapassei o tempo de que dispunha, terei, ao longo deste debate, oportunidade de

detalhar melhor a nossa posição. Mas quero terminar dizendo, com muita clareza, que nem o senhor nem

ninguém nesta Câmara tem o monopólio da defesa do interesse nacional e que o Partido Socialista, desde o

início, mantém disponibilidade para contribuir para as soluções do nosso País, contributos que sempre tiveram

da sua parte uma recusa. E a recusa não foi apenas em relação aos contributos do PS, foi em relação aos dos

outros partidos, dos parceiros sociais e, inclusive, do seu parceiro de coligação.

O senhor não tem o direito de fazer nenhum revisionismo histórico, tem é a obrigação de pedir desculpa

aos portugueses pelo falhanço e pelo fracasso da sua política.

Nós, tudo faremos para que a agonia do seu Governo não seja a agonia dos portugueses.

Aplausos do PS, de pé.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, o Sr. Deputado António José Seguro

gastou mais de metade do tempo que eu usei a falar daquilo que considerou importante, com certeza, mas, Sr.

Deputado, permita-me esta crítica: podia ter utilizado melhor o seu tempo a falar daquilo que consideraria

importante e não daquilo que era acessório.