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I SÉRIE — NÚMERO 114

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O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Lemos o Relatório do Banco de Portugal e o que é que verificamos?

Verificamos que o Banco de Portugal reviu em alta o crescimento para este ano.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — O decrescimento!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Portanto, o que O Banco de Portugal diz é que a previsão de recessão que

tinham feito inicialmente para o ano de 2013, afinal, não se confirma. Não vai ser tão grave, vai ser menos

grave.

Devemos ter lido, com certeza, o mesmo Boletim! E o Boletim diz: revimos em alta o crescimento da

economia para o ano de 2013.

Protestos do PCP e do BE.

E, relativamente ao ano de 2014, a previsão do Banco de Portugal está razoavelmente em linha com

aquela que fez o Governo, a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional, estimando, portanto, que,

em 2014, a economia portuguesa não estará em recessão — é uma previsão, mas é a previsão do Banco de

Portugal. E o que dizem os Srs. Deputados? Dizem exatamente o contrário, isto é, que continuamos com um

problema de espiral recessiva, porque a verdade é que as previsões são sempre falhadas e, no próximo ano,

as coisas ainda vão ser piores do que aquilo que o Governo anunciou. Mas não é isso que está no Boletim

Económico do Banco de Portugal.

Portanto, Srs. Deputados, convido-os a não confundir o que poderão ser os vossos desejos e a

distinguirem essa realidade daquela que consta, factualmente, dos relatórios do Banco de Portugal.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E os desempregados?

O Sr. Primeiro-Ministro: — Diz também o Sr. Deputado que este Governo está a prazo. Todos estamos a

prazo, não há ninguém que não esteja a prazo, Sr. Deputado.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Esgotaram o prazo!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Todos nós, neste Parlamento, estamos a prazo. O nosso prazo, Sr. Deputado,

é o prazo democrático.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Evidentemente, quando esse prazo democrático se esgotar, o País irá

pronunciar-se através das eleições, livremente, como sempre faz!

Sr. Deputado, a democracia é assim.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Portanto, a situação não se agrava dia-a-dia. O Sr. Deputado José Luís Ferreira, a Sr.ª Deputada Catarina

Martins e o Sr. Deputado Bernardino Soares disseram que sim, mas não é verdade! A situação não se agrava

dia-a-dia.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Ai não?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Nós sabemos quais são os resultados que estamos a atingir, e esses

resultados estão tão bem expressos e destacados no próprio Boletim do Banco de Portugal que hoje podemos