19 DE JULHO DE 2013
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ervanária, mais no concreto, medida a medida onde é que vamos cortar, onde é que vamos racionalizar, para
que o défice possa diminuir, para que a dívida possa diminuir.
Sr.ª Ministra, é esta a pergunta que queria deixar.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Nós estamos aqui com sentido de responsabilidade que os eleitores nos deram, estamos aqui para cumprir
o mandato que o povo nos deu e exigimos que o Governo cumpra o seu mandato também, a bem de Portugal.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta é do PCP.
Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Sá.
O Sr. Paulo Sá (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Ministra, veio aqui hoje fazer, da tribuna, um discurso da
continuidade, da política que foi seguida nos últimos dois anos. Mas o seu antecessor, Dr. Vítor Gaspar, na
sua carta de demissão, reconheceu que esta política falhou, e falhou redondamente.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!
O Sr. Paulo Sá (PCP): — Mas a Sr.ª Ministra, da tribuna, insiste na defesa e na continuidade desta política.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!
O Sr. Paulo Sá (PCP): — Esta política da troica não resolveu nenhum dos problemas nacionais; pelo
contrário, agravou-os a todos.
O País vai no terceiro ano de recessão, o desemprego atingiu níveis inimagináveis, sucederam-se as
falências de micro e pequenas empresas, a economia afunda-se e os dois objetivos declarados pelo Governo,
e, aliás, pelo seu antecessor Vítor Gaspar, no Parlamento — o controlo do défice orçamental e da dívida
pública — também aqui falharam. E a Sr.ª Ministra, da tribuna, insiste nesta política de austeridade, uma
política que esmagou o povo português e, simultaneamente, não resolveu nenhum problema nacional, mas
agravou-os a todos.
Portanto, Sr.ª Ministra não se pode continuar a insistir nesta política, que leva o País para o abismo.
A terminar queria dizer à Sr.ª Ministra que a marca da sua política financeira é a marca dos swaps. Disso a
Sr.ª Ministra não se livrará.
Da tribuna, a Sr.ª Ministra falou na necessidade de falar verdade e da transparência. Muito bem, Sr.ª
Ministra. Comece, então, por falar verdade ao Parlamento sobre os swaps.
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta é do CDS-PP.
Tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho Almeida.
O Sr. João Pinho Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Ministra das Finanças, a apresentação de
uma moção de censura é um momento importante e relevante para aferir da consistência de uma maioria e de
um Governo, mas é, necessariamente, também um momento para aferir a consistência da oposição e das
propostas que essa oposição apresenta. Um bom critério para o fazer é verificarmos o realismo com que uns e
outros falam, ver, nas propostas e na análise que são feitas pela maioria e pelo Governo e nas propostas e na
análise que são feitas pela oposição, qual é o grau de realismo dessas mesmas propostas e dessa mesma
análise.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!