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I SÉRIE — NÚMERO 10

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Quando somos confrontados com um Orçamento do Estado que rouba — não tem outro nome, Sr.ª

Deputada — poder de compra, ainda mais poder de compra, à população portuguesa, significa que aquilo que

o Governo está a propor é que se arrede a generalidade dos portugueses para o lado no que se refere a um

objetivo que deveria ser determinante para o País, que é a redinamização da nossa economia!

Portanto, esta estratégia vai dar mau resultado. O Orçamento do Estado proposto para 2014 é

absolutamente recessivo e delapidador do mercado interno.

O Governo, agora, finge que quer reforçar o mercado interno. Não quer, não é esse o seu objetivo! O que o

Governo vai fazer com este Orçamento é estrangular ainda mais o mercado interno. E isto, Sr.ª Deputada, são

más notícias, muito más notícias para o País.

A Sr.ª Presidente: — Tem agora a palavra, para proferir a terceira declaração política da tarde, o Sr.

Deputado Luís Menezes.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Foi ontem entregue, na Assembleia

da República, o Orçamento do Estado para 2014. Trata-se de um Orçamento que faz o esforço de

consolidação previsto em mais de 80% do lado da despesa e em 20% do lado da receita.

Mas este grupo parlamentar sabe que a presente situação económica, política e social obriga a falar com

realismo e sem demagogia aos portugueses que nos ouvem.

O Sr. António Rodrigues (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Não vale a pena, por isso, querermos ser meigos nas palavras para

descrever este Orçamento, devemos antes ser realistas.

O Orçamento do Estado para 2014 será um exercício duro para as famílias, para as empresas, para o País,

mas, sendo um exercício duro, será também um exercício de libertação com equidade e justiça social.

Será um exercício de libertação, porque este Orçamento do Estado é o último que faremos sob a alçada do

Programa de Assistência Económica e Financeira.

Será um exercício de libertação, porque este Orçamento do Estado é o último que faremos sob a

supervisão da troica, isto é, de entidades que nos têm supervisionado nos últimos três anos.

Será um exercício de libertação, porque é na execução deste Orçamento do Estado que reside a

recuperação da nossa soberania plena para podermos conduzir o nosso destino económico e social sem as

restrições e as imposições externas às quais hoje continuamos sujeitos.

Aplausos do PSD.

Mas, tal como referi no inicio da minha intervenção, este exercício de libertação, que é o Orçamento do

Estado para 2014, será um exercício duro para as famílias e para as empresas.

Duro, porque não nos permite aliviar a carga fiscal elevada à qual estamos todos sujeitos desde o início de

2010.

Duro, porque mantém um grau de exigência orçamental, principalmente na função pública, que é

imprescindível para a redução da despesa pública.

Duro também, porque pede a pensionistas e a reformados com mais rendimentos um esforço que permita

reduzir os elevados défices que existem no que respeita ao pagamento destas prestações.

Mas, Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, se consideramos este Orçamento do Estado duro para todo o

País, se consideramos que é um importante exercício de libertação face à condição de protetorado em que

vivemos, também o vemos como um exercício de justiça e de equidade social, uma vez que pede mais a quem

mais tem para ajudar quem menos tem.

Passo a exemplificar.

As pensões mais baixas serão novamente atualizadas — e nunca é demais lembrar que foi um Governo

socialista que as congelou.

Vozes do PSD: — Muito bem!