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17 DE OUTUBRO DE 2013

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O Sr. Luís Menezes (PSD): — … para que não volte no futuro, criando a necessária sustentabilidade às

nossas finanças públicas.

Sr. Deputado — e vou terminar, Sr.ª Presidente —, por razões muito diferentes, há uma coisa que nos une:

todos queremos a troica fora daqui!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Por isso é que a chamaram!

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado João Galamba, do PS.

O Sr. João Galamba (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Menezes, acredita mesmo no que disse

na tribuna?

Vozes do PSD: — Oh!…

O Sr. João Galamba (PS): — O Sr. Deputado falou de realismo. Sr. Deputado, depois de 10 000 milhões

de euros de austeridade — o dobro do que estava previsto em 2012 —, depois de 5000 milhões em 2013,

sabe qual foi a consolidação orçamental, em dois anos, com mais de 15 000 milhões de austeridade? Foi 1,7%

do PIB. Sabe qual foi a consolidação orçamental no ano passado? Foi zero!

Vozes do PS: — Zero!

O Sr. João Galamba (PS): — No dia 1 de janeiro, o défice era de 5,8% e depois de 5300 milhões de

austeridade acabaremos com 5,8%. Não há qualquer consolidação orçamental!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Zero!

O Sr. João Galamba (PS): — Portanto, o senhor não pode vir aqui falar de realismo. Insistir numa receita

que já deu provas suficientes de que falhou não é realismo, é exatamente o contrário.

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado veio aqui falar-nos como se fosse uma excelente notícia para os portugueses que 80% da

austeridade é apenas em corte da despesa. Diga isso aos funcionários públicos! Diga isso aos pensionistas da

Caixa Geral de Aposentações!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Diga isso às viúvas, aos viúvos e aos órfãos que vão ver a sua pensão de sobrevivência cortada e diga-

lhes: «Graças a Deus que não temos aumento de impostos»!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, por alguma razão os impostos devem ser universais e com base na capacidade contributiva

— aliás, é um princípio constitucional tratar todos os cidadãos por igual. A única diferença que é permitida pela

Constituição e, já agora, pela decência é taxar as pessoas de acordo com as suas capacidades. O Estado não

pode espoliar as pessoas quebrando contratos fundamentais. O Estado não pode cortar pensões! Se há

pensões elevadas, vá ao IRS!

Protestos do PSD e do CDS-PP.