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24 DE OUTUBRO DE 2013

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Portanto, é verdade que enquanto devermos dinheiro temos explicações a dar a quem nos emprestou o

dinheiro, mas é evidente que não estaremos limitados na nossa autonomia financeira como estamos enquanto

vivermos sob o efeito do Programa de Assistência Económica e Financeira.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Ministro, a explicação que deu foi brilhante: enfim, pode ser que

sim, pode ser que não, talvez…

Risos do PCP e do BE.

Portanto, ficamos com esta resposta precisa e concisa do Sr. Primeiro-Ministro, que replicou com uma tripla

às questões colocadas.

Sr. Primeiro-Ministro, a propósito do Banif, e porque o referiu, o senhor está em condições de garantir que

este caso não se irá transformar num novo BPN? Apesar das diferenças — quero aqui sublinhar que o Banif

não se trata de um caso com contornos de polícia —, o senhor está em condições de garantir que os

portugueses não vão ser chamados de novo a pagar um outro buraco num banco?

Dos 1100 milhões que recebeu do Estado, quanto é que o Banif já devolveu? E o que é que o Governo já

exigiu quanto à devolução desse dinheiro?

Sabe, Sr. Primeiro-Ministro, muitas vezes fazemos críticas duras, denunciamos a natureza da vossa

política… Um Governo que foi tão célere a cobrar aos desempregados…

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — … e aos doentes os respetivos subsídios é o mesmo que tem mãos

largas, mãos rotas para os amigos. Isso tem um nome concreto: é uma política para servir os grandes, os

poderosos, atacando quem menos tem e menos pode!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — É por isso mesmo que consideramos que o que este Governo está a

fazer é o Estado mínimo para quem trabalhou ou quem trabalha e o Estado máximo para os poderosos, para o

grande capital. Isso é que marca a natureza deste Governo.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, lamento discordar,

francamente, do tom que empregou quanto às questões da recapitalização bancária, dizendo que o Governo

tem mãos grandes para os amigos.

Ó Sr. Deputado, não tenho amigos…

Risos do PCP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não admira!

O Sr. Primeiro-Ministro: — …, não tenho amigos no Banif.