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I SÉRIE — NÚMERO 13

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Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Falso!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, quero dizer-lhe: de facto, não temos nada

contra os funcionários públicos…

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Não?!…

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … mas a verdade é que, ao longo dos últimos anos, em Portugal, mais

de 400 000 portugueses perderam o emprego.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — E quantos professores?!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E a questão que se coloca deve ser direta: quantos, destes 400 000

portugueses, eram funcionários públicos, Sr. Primeiro-Ministro?

É preciso que, quando utilizamos e concretizamos os princípios de justiça e equidade social, não nos

esqueçamos daquela que é a realidade que temos pela frente e daqueles que são os objetivos que

pretendemos alcançar.

Mesmo do ponto de vista salarial, Sr. Primeiro-Ministro, também não nos podemos esquecer que, fruto das

circunstâncias e das vicissitudes da nossa situação económica, houve (e o Banco de Portugal ainda o disse há

relativamente pouco tempo) uma diminuição dos salários do setor privado, em média, superior a 10%.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — É o desemprego!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, é importante que nenhum de nós esteja a

estigmatizar o setor público, mas todos nós tenhamos uma postura séria, olhando para o País que temos pela

frente e tentando encontrar uma forma de o construirmos com mais justiça e com mais equidade para o futuro.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, uma última questão relativamente a esta discussão

que se abriu e à muita confusão que é deliberadamente criada com um putativo programa cautelar,…

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Então não é?!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … à confusão que muitos, de forma deliberada, repito, querem fazer

dessa eventualidade — o Sr. Primeiro-Ministro disse que é apenas uma eventualidade, uma das formas que

poderá ser adotada para termos um acompanhamento da nossa reentrada no mercado, que o mesmo é dizer

que finalizamos o nosso Programa e reentramos no mercado, essa é apenas uma das formas que será aferida

oportunamente.

Mas há muitos agentes políticos que se apressaram a tentar confundir isto, a assustar as pessoas,

querendo dizer que se tratava de um segundo resgate.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, devemos todos ser sérios nesta discussão. Está

em causa o nosso futuro e também a expectativa das nossas pessoas e das nossas empresas.

De facto, um programa cautelar é muito diferente de um segundo resgate.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É na cor do papel!