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I SÉRIE — NÚMERO 16

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Segundo mito: o mito do empobrecimento. Ó Sr. Deputado, passa pela cabeça de alguém que o Governo

queira empobrecer o País e os portugueses? Isto passa pela cabeça de alguém? A verdade é outra. O PS

teve durantes muitos anos a ideia que um amigo meu descrevia assim: em Portugal, para se ser rico não é

preciso ter muito dinheiro; basta ter a vontade de acumular grandes passivos e ter muita lata. Foi isso que nos

aconteceu! Foi isso que nos aconteceu!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Os nossos celeiros não tinham trigo, tinham papel, tinham cautelas, tinham dívidas. Os nossos armazéns

não tinham tesouros, tinham letras, livranças, obrigações… Foi isso que nos deixaram!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Portanto, nós tínhamos aparência de ricos, mas estávamos pobres. Estávamos pobres com aparência de

ricos.

Alguns viveram «à grande», foi tudo «à grande»,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Mas esses continuam a viver «à grande»!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — … a começar pelo Estado, e agora temos de fazer esse ajuste.

A questão é a de saber se o PS quer ou não convergir nesse esforço de responsabilidade e de construção

nacional.

O último mito é o mito do crescimento «hollandais», que é um crescimento à Hollande,…

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Dispensamos!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — … é um crescimento que se apaga no dia a seguir às eleições

porque é confrontado com a responsabilidade.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — De facto, do que precisamos é de finanças sãs para podermos

ter uma economia a crescer. Precisamos de finanças que não pesem sobre as famílias, que não pesem sobre

as empresas, que não pesem sobre a economia. E a questão é saber se o PS quer ou não convergir nesse

esforço.

Por isso, faço-lhe um desafio, que, aliás, estendo ao PCP, ao Bloco (e também a Os Verdes, para não se

sentirem esquecidos): uma trégua política. O que o País nos pede é uma trégua política por Portugal.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O grande desafio deste Orçamento é o de que seja um Orçamento pela nossa liberdade, um Orçamento

pelo resgate. Não o resgate da troica, mas o resgate feito pelos portugueses que nos resgatam do jugo da

troica.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — E isso alcança-se com um comportamento político responsável

e convergindo para metas de equilíbrio financeiro.

Pergunto se o PS quer ou não convergir para um esforço patriótico que nos liberte do sufoco e do pesadelo

da dívida. Quer o PS vir connosco ou não quer o PS vir connosco?

Aplausos do CDS-PP e do PSD.