1 DE NOVEMBRO DE 2013
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O Sr. Alberto Martins (PS): — A democracia é o exercício da liberdade de opinião! Sei-o bem, porque vivi
na democracia e na ditadura, lutando contra a ditadura, o que não acontece com todos. Na democracia, a
opinião é livre e, como a opinião é livre, o que discuto não é a liberdade de opinião, o que discuto é o respeito
institucional devido às decisões dos órgãos de soberania e do Tribunal Constitucional, o que é matéria muito
diferente.
Naturalmente, para mim, a questão que aqui se coloca é, fundamentalmente, a de quem assume as
responsabilidades destes dois anos e meio de Governo.
O Sr. António José Seguro (PS): — Muito bem!
O Sr. Alberto Martins (PS): — E o Governo não se pode esconder! Os portugueses sabem quem são os
responsáveis destes dois anos de desagregação, de pobreza, de incapacidade para sair de uma situação.
Os portugueses não têm futuro, porque este Governo não tem perspetivas de futuro para os portugueses.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção é do PSD.
Tem a palavra o Sr. Deputado Amadeu Soares Albergaria.
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do
Governo, Sr.as
Deputadas, Srs. Deputados: Portugal está a oito meses de sair do Programa de Assistência
Financeira a que tem estado submetido desde maio de 2011. Um programa de resgate que evitou que o País
caísse na bancarrota e no caos social. E se houve um resgate foi porque o Governo de então falhou.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O resultado ficou à vista de todos, quando, nessa altura, o Estado se confrontou com os seus
desequilíbrios profundos e com a incapacidade de fazer face aos seus compromissos mais básicos, como
pagar salários e pensões ou manter os hospitais e as escolas a funcionar.
Essa situação conduziu-nos aos Orçamentos, exigentes e difíceis, de 2012 e 2013, que tantos esforços
pediram e pedem às famílias e às empresas.
Por isso, é muito importante sublinhar que este é o último Orçamento do Estado preparado com a presença
da troica. O próximo já estará inteiramente nas nossas mãos e, com ele, a integral autonomia das nossas
escolhas e decisões.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — O Orçamento do Estado para 2014 é um Orçamento exigente
e de difícil execução.
Num momento em que estamos na reta final do programa de emergência, não podia ser de outra forma.
Abrandar agora seria dificultar ainda mais a vida dos portugueses nos próximos anos.
Mas, sendo um Orçamento muito exigente, os esforços nele pedidos não são, ao contrário do que se tenta
fazer passar, superiores aos dos anos anteriores.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — As medidas que contém não são, para a grande maioria dos
portugueses, tão gravosas como aquelas que vêm substituir e atentam, de uma forma ponderada, às decisões
do Tribunal Constitucional.
Vozes do PSD: — Muito bem!