I SÉRIE — NÚMERO 16
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ajustamentos que exigem no dia-a-dia das nossas famílias; não temos dúvidas do papel principal que o
esforço dos portugueses tem neste processo de ajustamento. Nesta altura, só lhes podemos pedir
compreensão, confiança e, sobretudo, solidariedade, para que possamos proteger as pessoas que estão em
situações mais frágeis, de modo a podermos garantir o futuro das novas gerações e construir um futuro
próspero e feliz para Portugal.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Srs. Deputados, uma das situações que mais dificulta a recuperação do País é uma certa forma de fazer
política que é incapaz de colocar o interesse do País à frente dos interesses próprios. Não podemos deixar de
constatar aqui a inexplicável posição do principal partido da oposição que, mesmo antes de conhecer as
propostas do Orçamento do Estado para 2014, se apressou a dizer que iria votar contra.
Com esta atitude, fica claro que o Partido Socialista, mais do que ser contra este Orçamento, é contra a
ideia de recuperação do País.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Na verdade, este Partido Socialista põe-se fora da solução do
problema, este Partido Socialista não acredita no seu País.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Não acredita hoje da mesma forma que não acreditava há
dois anos, nem acreditava há um ano, quando aqui se discutiu o Orçamento de Estado para 2013.
Dizia, então, o líder do Partido Socialista: «O País vai de mal a pior! Os efeitos da política do Governo
todos os dias têm novos dados a confirmar o descalabro. O seu falhanço recessivo colocou o País a caminho
do abismo. Não conte com o PS para o ajudar a carregar no seu acelerador. Não conte!».
Hoje, durante este debate, voltou a proferir afirmações em tudo semelhantes. É este o problema do Partido
Socialista: não quer que o País ande para a frente, quer um País em marcha atrás, quer que o País regresse
aos anos da «festa» de 2009!
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Este é o partido que, em vez de acreditar na capacidade dos
portugueses, preferiu enveredar pela narrativa derrotista e catastrofista da espiral recessiva.
Este é o partido que reconhece que não estaria em posição de baixar os impostos se fosse Governo, mas
que apresenta propostas no Parlamento para baixar os impostos.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Este é o partido que se diz dono de todas as soluções e de
toda verdade, mas que o País, com o seu trabalho e dedicação, desmente todos os dias.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Sr.ª Presidente, termino dizendo o seguinte: faltam oito meses para a troica sair de Portugal. Portugal
superou nove das doze avaliações, a esmagadora maioria dos portugueses não quer ver, agora,
desperdiçados os seus esforços e quer que Portugal cumpra os seus compromissos e que tenha sucesso.
Não podemos falhar! Não vamos falhar!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.