I SÉRIE — NÚMERO 17
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o número homólogo do Banco de Portugal indica, finalmente, a sair da recessão, e isso é muito importante
para Portugal.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Ou seja, podemos estar num momento nacional e europeu de viragem do ciclo económico.
É evidente que os sinais são ainda ténues, mas são igualmente inequívocos.
Vejamos de que é que estamos a falar: há um saldo positivo das balanças corrente e de capital. O que é
importante quando, ao fim de tantos anos, há um saldo de positivo é que haja um saldo positivo e não o último
ano longínquo em que ele ocorreu, como é evidente, Srs. Deputados.
O crescimento das nossas exportações é superior a 4%, partindo as nossas empresas à procura de novos
mercados, afirmando a sua iniciativa, conquistando mercados e o espaço da lusofonia e conseguindo vencer
estas adversidades.
Temos setores, como o do turismo, com números de crescimento claramente acima de 7%, tendo o ano
passado sido o melhor ano e este ano ainda melhor. Temos a recuperação da produção industrial e temos até,
naquela que é, obviamente, a nossa maior dificuldade e preocupação, em relação ao desemprego, pela
primeira vez, um sinal e um número positivo em termos homólogos, o que significa também, em termos de
desemprego, um sinal de inversão de tendência.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Estes sinais representam uma enorme capacidade de reação às adversidades, uma enorme capacidade de
luta, de empreendedorismo das empresas, dos trabalhadores e da sociedade portuguesa no seu conjunto,
num momento tão difícil.
Estes sinais significam que, ao contrário do que afirmaram vezes sem conta os detratores do costume, não
há nenhuma fatalidade e Portugal pode recuperar.
Portugal tem viabilidade e as condições económicas podem ser recriadas pelo esforço e pela capacidade
de iniciativa dos portugueses.
Estes sinais deveriam ainda ser fundamento de proteção em vez de negação de quem parece só contentar-
se com o «quanto pior melhor» e que sonha voltar ao poder a qualquer custo, seguramente à custa de
sacrifícios maiores para todos os portugueses e para o País.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Por outro lado, Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, quando referimos que este Orçamento é o último
sob condição, sublinhamos ao mesmo tempo aquele que é o principal objetivo deste Governo e desta maioria.
Aos que dizem que o Governo e a maioria não têm um objetivo claro e que os esforços e os sacrifícios dos
portugueses não têm sentido e podem perder-se respondemos: não é verdade! Os esforços não foram
perdidos. Estamos a superar cada uma das avaliações — e já vamos em nove — e com isso garantimos o
financiamento da economia portuguesa.
Os esforços não serão desperdiçados e estamos muito perto de concluir este Programa e de reganhar a
nossa liberdade e nossa soberania.
Portugal pode voltar a ser uma economia viável e um parceiro credível e respeitável no contexto das
nações soberanas. Esse é o nosso objetivo e é para isso que existe este Orçamento. É um objetivo que não
só vale a pena como está ao nosso alcance.
É evidente que, cumprido este objetivo e recuperada a nossa liberdade, ela não nos dispensa de um
comportamento responsável: a liberdade nunca dispensa a responsabilidade. Como não dispensará o apoio
dos nossos parceiros europeus.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.