I SÉRIE — NÚMERO 19
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Aplausos do PS.
Protestos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr.as
e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Segue-se a
apreciação das propostas de aditamento dos artigos 123.º-A — Investimento mínimo anual no serviço público
de notícias (BE), 123.º-A — Garantia da gestão pública da água e dos resíduos (PCP), 123.º-A — Anulação do
processo de privatização dos CTT — Correios de Portugal (PCP), 123.º-B — Investimento mínimo anual no
serviço público de rádio e televisão (BE), 123.º-C — Preservação da parte do Estado na Lusa — Agência de
Notícias de Portugal, S.A. (BE), 123.º-D — Preservação da AdP — Águas de Portugal, SGPS, S.A., como
empresa de capitais exclusivamente públicos (BE), 123.º-E — Preservação da Carris — Companhia de Carris
de Ferro de Lisboa, SA, como empresa de capitais exclusivamente públicos (BE), 123.º-F — Não privatização
da Caixa Seguros e Saúde, SGPS, SA (BE), 123.º-G — Não privatização da Caixa Geral de Depósitos, SA
(BE), 123.º-H — Preservação da CP Carga, SA, como empresa de capitais exclusivamente públicos (BE),
123.º-I (Proibição de Alienação da Exploração de Linhas Ferroviárias pela CP — Comboios de Portugal, EPE
(BE), 123.º-J — Preservação da parte do Estado nos CTT — Correios de Portugal, SA (BE), 123.º-L —
Preservação da Metropolitano de Lisboa, EPE, como empresa de capitais exclusivamente públicos (BE),
123.º-M — Não privatização de empresas do grupo REFER (BE), 123.º-N — Preservação da parte do Estado
na REN — Redes Energéticas Nacionais, SGPS, SA (BE), 123.º-O — Preservação da RTP — Rádio e
Televisão de Portugal, SA, como empresa de capitais exclusivamente públicos (BE), 123.º-P — Preservação
da Soflusa — Sociedade Fluvial de Transportes, SA, como empresa de capitais exclusivamente públicos (BE),
123.º-Q — Preservação da STCP — Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, SA, como empresa de
capitais exclusivamente públicos (BE), 123.º-R — Preservação da TAP -Transportes Aéreos Portugueses,
SGPS, SA, como empresa de capitais exclusivamente públicos (BE), 123.º-S — Preservação da Transtejo —
Transportes Tejo, SA, como empresa de capitais exclusivamente públicos (BE), 123.º-T — Proteção do
sistema de Obras Sociais dos CTT — Correios de Portugal, SA (BE); dos artigos 124.º — Limite máximo para
a concessão de garantias pelo Estado e por outras pessoas coletivas de direito público, 125.º — Saldos do
capítulo 60 do Orçamento do Estado, 126.º — Encargos de liquidação, 127.º — Mecanismo Europeu de
Estabilidade, e 128.º — Programa de assistência financeira à Grécia, e ainda da proposta de aditamento de
um artigo 128.º-A — Pagamento das dívidas do Estado às pequenas e médias empresas (PS).
Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Hortense Martins.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: O
Estado continua a ser mau pagador. O Estado continua a pôr muitas empresas em dificuldades, desde logo,
pelos atrasos de reembolsos do IVA, que mais uma vez aqui lembro, mas também por continuar a ser mau
pagador.
Há casos, Sr.as
e Srs. Deputados, de dívidas com mais de um ano a empresas que já estão em
dificuldades, como nós sabemos, e são as pequenas e médias empresas que asseguram o emprego. Aliás, o
próprio relatório do Governo diz isso mesmo, diz que a maior parte das empresas que hoje em dia assegura o
emprego são pequenas e médias empresas e são elas que têm sido vítimas desta estratégia do Governo, de
destruição criativa.
Esta nossa proposta pretende minorar estas dificuldades, fazer com que estas empresas mantenham o
emprego e evitem a sua falência. Aliás, lembro um número: são mais de 47 empresas que, todos os dias, se
apresentam à insolvência, fora aquelas que, simplesmente, encerram.
Portanto, Sr.as
e Srs. Deputados, é de toda a oportunidade e de todo o cabimento esta proposta do PS, que
pretende usar os 3000 milhões de euros que temos disponíveis para fazer face à regularização das dívidas do
Estado a estas empresas e, assim, assegurar a manutenção do emprego e evitar a falência. E também aqui se
prova a vontade do Governo em dialogar com o PS e em fazer face à necessidade de dinamizar a economia.
Por isso, apelo à maioria para que aprove a nossa proposta e, assim, demonstre essa vontade de dialogar
e, no fundo, de querer assegurar aos portugueses o emprego, e não o seu contrário.