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I SÉRIE — NÚMERO 20

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tributário das famílias deve ser o principal objetivo de reversão daquele que foi o enorme aumento de

impostos, feito no Orçamento do ano passado e que ainda não pôde ser revertido no Orçamento deste ano.

Para que Portugal volte a ter um crescimento económico equilibrado é fundamental desagravar a carga

fiscal sobre as famílias e restituir-lhes o poder de compra que tinham antes deste ajustamento e que,

naturalmente, merecem ter fruto do seu trabalho e do seu esforço.

Essa revisão da situação tributária das famílias deve ter em conta questões tão importantes como a da

dimensão dos agregados familiares e a importância de uma promoção da natalidade, que é essencial para a

sustentabilidade de muitas das políticas públicas que tantas vezes aqui discutimos. Sabemos que a

sustentabilidade de muitas dessas políticas públicas está posta em risco, fruto da evolução demográfica

negativa, que o nosso País tem vindo a registar.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sabemos que a inversão dessa situação democrática

negativa não se faz de um momento para o outro, faz-se a médio prazo, mas não se faz, certamente, com a

atual carga fiscal sobre as famílias. Com a atual carga fiscal sobre as famílias é impossível darmos

sustentabilidade às políticas públicas, porque continuaremos a ter uma inversão, uma situação muito negativa,

da nossa natalidade.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — É por isso que esta revisão é necessária, é por isso que esta

revisão, não tendo sido possível no Orçamento deste ano, é um compromisso, e é um compromisso escrito

dos partidos da maioria para a fazerem no próximo ano, tal como o ano passado foi um compromisso escrito a

revisão do enquadramento tributário das empresas, compromisso este que foi cumprido.

Portanto, aquele compromisso que agora assumimos beneficia da credibilidade, do cumprimento, do

compromisso que assumimos há um ano com as empresas.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Paulo Sá (PCP): — Os portugueses têm de emigrar por causa da vossa política, mais de 100 000 já

o fizeram!

A Sr.ª Presidente. — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados: Este

artigo, Srs. Deputados da maioria, tal como está escrito, não vale nada, desde logo, porque não faz sentido no

âmbito do Orçamento do Estado.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Do PS nem escrito nem falado!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Mas, se não vale nada, tem um significado, que é cada vez mais

recorrente na atuação da maioria: a tentativa de enganar os portugueses e as famílias.

Aplausos do PS.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Têm uma grande legitimidade para falar!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Este é um Orçamento do Estado que vai aumentar as dificuldades das

famílias, um Orçamento do Estado que não diminui o enorme aumento de impostos decidido para 2013, por

esta maioria e apenas por esta maioria.