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I SÉRIE — NÚMERO 23

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seguramente poderemos discuti-la, mas não creio que seja um problema de constitucionalidade, como penso

que aqui ficou demonstrado.

Diria só, para terminar — e do nosso ponto de vista é o mais importante —, que este processo é

importante, é relevante e é, como o próprio Governo aqui o propõe, urgente para Portugal. É fundamental,

para que Portugal, nesta nova realidade da Eurojust, com novas exigências, não fique de fora e, mais uma vez

afirmo, é fundamental e importante para o País…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Olhe que os alemães e os franceses vão ficar fora do processo!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … e, portanto, o CDS, obviamente, acompanhará esta mesma

proposta, e lá estaremos, Sr. Deputado João Oliveira,…

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … para em detalhe, e na Comissão, discutir todos os pormenores que o

Sr. Deputado quiser ou que outros Srs. Deputados possam querer.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Catarina

Mendonça.

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Ministra, Sr.ª Secretária de Estado, Sr.as

Deputadas e Srs. Deputados: É evidente, Sr. Deputado Telmo Correia, e o Partido Socialista não nega, e o

meu parecer, em sede de 1.ª Comissão, releva isso, que esta é uma matéria absolutamente fundamental para

os Estados-membros da União Europeia e, evidentemente, para Portugal, na medida em que ela reforça o

combate e a prevenção à criminalidade grave e, também, na medida em que aumenta as competências dos

vários membros da Eurojust. E aí nós estamos todos de acordo.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Todos, não!

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça (PS): — O que não podemos deixar de sublinhar neste debate, Srs.

Deputados, é que, se, por um lado, este reforço é de saudar e é importante que se faça, porque é mais um

passo naquilo que é o reforço da perceção das competências judiciárias em sede de União Europeia, por outro

lado, nós não somos insensíveis àquilo que está vertido na lei, àquilo que está vertido nesta Decisão e àquilo

que são os pareceres que chegaram ao Ministério da Justiça, mas que chegaram, também, à Comissão de

Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

E eu não vou muito mais longe. Posso ficar apenas e só com aquilo que foi a audição hoje da Sr.ª

Procuradora-Geral da República e aquilo que é o parecer do Conselho Superior do Ministério Público.

Mais: era a Procuradoria-Geral da República que selecionava e escolhia o magistrado que entendia ser

mais capaz e mais habilitado.

A Sr.ª Ministra da Justiça: — E continua a ser!

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça (PS): — O que se pretende com esta alteração, Sr.ª Ministra — e não são

palavras minhas — é retirar ao Ministério Público, designadamente ao seu Conselho Superior, a possibilidade

de fazer essa seleção e escolha, impondo a indicação de um leque mais alargado.

A Sr.ª Ministra da Justiça: — Não há consenso!

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça (PS): — Não são palavras minhas, Sr.ª Ministra.