I SÉRIE — NÚMERO 28
14
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … desde que assegurado um banco de horas da parte da manhã e da
tarde.
Os acordos coletivos aplicam-se automaticamente aos trabalhadores com filiação sindical, no entanto os
trabalhadores não filiados sindicalmente terão 15 dias, após efetuado o acordo, para declararem
expressamente que não pretendem aderir ao mesmo, respeitando-se, assim, com esta disposição, as
organizações sindicais, a liberdade de filiação e também as obrigações emergentes para os trabalhadores
sindicalizados decorrentes da sua filiação.
Sobre a proibição de acumulação de pensões com rendimentos de trabalho, os pensionistas da CGA, da
segurança social ou de fundos de pensões públicas terão o pagamento da pensão suspenso enquanto
exercerem funções remuneradas no Estado, introduzindo-se, desta forma, claridade e transparência também
nesta área.
São assim introduzidas melhorias objetivas para os trabalhadores da Administração Pública em áreas tão
importantes para eles e para a organização da sua vida, tais como: a mobilidade; a transição de categoria; a
possibilidade de, mediante concurso, converter um estágio em contrato; o banco de horas; a formação; e a
flexibilidade do horário de entrada e saída.
Esta é, pois, uma lei que, unificando legislação dispersa por uma dezena de diplomas e mais de 1200
artigos num único diploma com cerca de 400 artigos,…
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — São 400 mais 500!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … aproximando e convergindo ao regime geral de contrato de trabalho
aquilo que não é específico da função pública, vem modernizar e racionalizar a gestão da Administração
Pública, introduzir flexibilidade e otimizar a gestão dos seus recursos humanos, dignificando-os e valorizando-
os.
Esta lei vem também, finalmente, dizer ao País, em geral, e aos trabalhadores da função pública, em
particular, que são respeitados,…
Vozes do PCP e do BE: — Oh!…
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … que são apreciados,…
Vozes do PCP e do BE: — Oh!…
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … que são valorizados e que são considerados.
São respeitados pela dignidade da função que desempenham e pelo empenho que põem no serviço
público, reconhecendo-lhes e fazendo-lhes aplicar direitos e regras importados do setor privado e de que os
trabalhadores da Administração Pública estavam até agora afastados.
São apreciados pela sua dedicação e compromisso com esse serviço público e com o País, reconhecendo-
se e premiando-se o êxito de carreiras construídas no serviço público.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Mentira!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — São valorizados pela clarificação das regras respeitantes à sua carreira, à
sua formação profissional, à sua progressão, ajustados ao seu empenho e dedicação.
E são considerados porque o serviço público também é deles, porque sendo funcionários públicos são
também cidadãos e utentes dos serviços e a melhoria e modernização da Administração Pública valoriza-os
duplamente: como funcionários da Administração Pública e como cidadãos.
Finalmente, uma última palavra para o Partido Socialista, em que se pede o chamamento à
responsabilidade deste partido.
Esta é, de facto, uma reforma estrutural, uma reforma de regime, que ultrapassa o período de vigência de
um Governo e é uma reforma para a qual, com sentido de responsabilidade, são necessários, em sede de