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13 DE DEZEMBRO DE 2013

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O Sr. Bruno Dias (PCP): — Queria pedir os Srs. Deputados que nos dessem um exemplo — só um, para

amostra! — de uma empresa de metropolitano ou de transportes públicos da Europa que dê lucro com as

receitas dos bilhetes. Façam favor! O exemplo de uma empresa europeia, ou de um país americano, que dê

lucro com as receitas dos bilhetes e que não tenha uma contribuição do Estado para garantir a sua função

económica e social dessas empresas!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não há!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — A seguir, os senhores vão falar da Navegação Aérea de Portugal (NAV

Portugal) e da gestão de tráfego aéreo e vão dizer muito bem do sector público e dos trabalhadores do sector

público, mas vão esquecer-se do que estão a dizer agora:…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Olhe que não!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — … que é preciso roubar os trabalhadores desta forma e traí-los, como estão a

fazer com este Decreto-Lei!

O Sr. David Costa (PCP): — Essa é que é essa!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Os senhores vêm aqui falar do grave problema de endividamento das

empresas públicas! Nós perguntamos: quem é que o criou?! Foram os trabalhadores?! Foram os utentes?! Ou

foram os administradores que os senhores nomearam?!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Ou foram os Governos do PSD, do PS e do CDS, ao longo de quase 38

anos?! Essa é que é a questão, Srs. Deputados!

É ou não verdade que as empresas públicas estão mais endividadas agora, dois anos e meio depois de o

vosso Governo ter tomado posse?! É ou não verdade?!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Não é verdade!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É ou não verdade que já foram milhares e milhares de euros, milhões e

milhões de euros, em swaps, para as empresas do grande capital?!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Bem lembrado!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não era preciso nada disto para responder ao problema do endividamento,

Srs. Deputados! Alguém acredita que, para reforçar o controlo financeiro e o papel do IGCP, era preciso trair

os trabalhadores e roubá-los desta maneira?!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, antes de terminar, queria apenas dizer que lamentamos que o

PS, apesar de ter dito que não acompanha o n.º 4 do artigo 18.º deste Decreto-Lei (também era só o que

faltava), tenha afirmado que existe, do ponto de vista estratégico, um consenso quanto àquilo que este

Decreto-Lei trouxe de novo. É precisamente do ponto de vista estratégico que este Decreto-Lei e esta política

exigem um forte combate e uma firme rejeição.