I SÉRIE — NÚMERO 28
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A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — E esta é, mais uma vez, a demonstração das razões fortes que o povo tem,
nomeadamente, os trabalhadores, para necessitar, urgentemente, que este Governo seja derrotado de uma
vez por todas.
Aplausos do PCP e de Os Verdes.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado Afonso Oliveira, tem a palavra para uma intervenção.
O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
Secretárias de Estado, Sr.as
e Srs. Deputados: Antes
de ir ao cerne da questão que aqui nos trouxe, deixe-me dizer-lhe, Sr. Deputado Bruno Dias, com toda a
sinceridade, no que respeita à sua intervenção em que veio falar em honestidade intelectual e, a seguir, em
roubo, que acho que esse discurso deveria acabar neste Parlamento!
Protestos do PCP e do BE.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Isso é que era bom!
O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — E, particularmente, por parte das bancadas da esquerda. Não faz
qualquer sentido esse tipo de discurso. Não faz qualquer sentido.
Portanto, se querem manter um discurso elevado, falem de questões sérias, com um tom correto e das
matérias que devem falar!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PCP.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Quando acabarem os roubos, acaba o discurso! Fique descansado!
O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Queria ainda dizer, Sr. Deputado Bruno Dias, que o seu discurso poderia
ter sido feito antes ou depois de falarmos sobre o tema que estamos a apreciar, por uma razão simples que
lhe vou já dizer.
Vem aqui dizer que este Decreto-Lei não teve, também, o objetivo de controlar o endividamento, mas não é
verdade.
Protestos do PCP.
Já agora, Sr.ª Presidente, vou fazer chegar este documento à Mesa e pedia-lhe que fosse distribuído a
todas as bancadas.
O Banco de Portugal acabou de emitir uma série de informações sobre o endividamento e a última
informação, de 30 de setembro de 2013, tem este número: 47 000 milhões de euros de endividamento. Em
2011, o montante era quase igual — 400 milhões abaixo — e, em 2007, era de 29 000 milhões. Houve, pois,
um crescimento exponencial do endividamento público até 2011 e a partir desse ano até 2013, até este
momento, houve uma redução do endividamento no setor empresarial do Estado.
Vozes do PSD: — É verdade!
Protestos do PCP.
O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Posso mostrar-lhe o gráfico, tenho-o aqui.