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14 DE DEZEMBRO DE 2013

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moção de confiança, debates quinzenais, interpelações ao Governo… Não têm faltado oportunidades de

debate a todos os partidos da oposição e também ao principal partido da oposição, o Partido Socialista.

Dá ideia que a cada desempenho nestes debates, a cada derrota que vai sendo acumulada por parte da

bancada do Partido Socialista, há aquela tendência que, normalmente, as equipas de futebol têm quando

perdem os jogos, que é dizer aos seus adeptos: o próximo é que vai ser!…

O Sr. Adão Silva (PSD): — Exatamente!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Portanto, nós ainda estávamos a meio deste debate e já o Sr. Deputado

António José Seguro dizia: o próximo é que vai ser!

O Sr. António José Seguro (PS): — Seja sério! Quem propôs foi o Sr. Primeiro-Ministro!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Mas, Sr. Deputado António José Seguro, quero dizer-lhe o seguinte: o

debate de que estávamos a falar era o debate sobre a reforma do Estado, sobre a diminuição estrutural da

nossa despesa pública e eu quero aqui recordar-lhe que continuamos na Assembleia da República à espera

do Partido Socialista para fazermos esse debate numa comissão que foi aprovada por este Plenário.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. António José Seguro (PS): — O debate é comigo?! Tenho muito gosto em falar!…

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E se a sua disponibilidade para debater significa que há, pelo menos,

um Deputado do Partido Socialista que quer integrar essa comissão, pois, Sr. Deputado, seja consequente!

Sou até capaz de lhe dizer que se o fizer, se assumir ser consequente com as suas palavras, se quer fazer um

debate com o Primeiro-Ministro sobre a reforma do Estado e a diminuição estrutural da despesa, eu próprio,

em nome da bancada do PSD, proporei que na primeira reunião dessa comissão o Sr. Primeiro-Ministro esteja

presente, para que o Sr. Deputado António José Seguro possa confrontar o Sr. Primeiro-Ministro com as suas

propostas.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

E era bom que tivesse propostas, porque, até hoje, não há uma — repito: não há uma! — proposta do

Partido Socialista para diminuir de forma estrutural a despesa pública.

Vozes do PSD: — Bem lembrado!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O Sr. Primeiro-Ministro trouxe a este debate dados e resultados muito

importantes da nossa economia. Dados e resultados que foram considerados com notória timidez, mas — vá

lá! — mais vale ao menos um pouco do que aquilo que era expectável que pudesse ser o discurso do Partido

Socialista, uma consideração por parte do Partido Socialista de que se trata de resultados um «bocadito

melhores».

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Bocadito!

O Sr. António José Seguro (PS): — Não tenho possibilidade de responder. O que fazemos?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Foi a forma encontrada para poder adjetivar o desempenho da nossa

economia.

Sr. Primeiro-Ministro, ainda esta semana, a propósito do Boletim de Inverno do Banco de Portugal, o

Partido Socialista desdenhou naquilo que foi a previsão em alta do crescimento económico para o próximo ano

e veio com a tese, aqui hoje lembrada, de que esta mudança de previsão do Banco de Portugal — cuja