20 DE DEZEMBRO DE 2013
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O Sr. Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional: — A única coisa que ouvi foram preconceitos
ideológicos…
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PCP e de Os Verdes.
… e frases destinadas a incutir medo às pessoas, sem qualquer assento na realidade.
Como disse a Sr.ª Deputada Cecília Meireles, e muito bem, o que é necessário é partirmos de uma
identificação daquilo que temos no território, daquilo que temos no Estado e daquilo de que os cidadãos
necessitam. É dessa forma que podemos desenhar políticas públicas que sejam suscetíveis de prestar ainda
melhores serviços públicos aos cidadãos. E é isso que estamos a fazer.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Nota-se!
O Sr. Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional: — No contexto do programa Aproximar, muito
em breve (aliás, nas próximas semanas), iremos concluir a listagem de todos os equipamentos e serviços
públicos prestados pelo Estado e da sua distribuição em termos de território. E é nessa base, atendendo,
desde logo, àquilo que existe no território, àquilo que existe no Estado, e relacionando isso com a realidade
social e económica do território, que iremos reorganizar os serviços públicos, fazendo ao mesmo tempo
utilização de todos os instrumentos que temos hoje, que estão disponíveis e que nos permitem prestar certos
serviços públicos, de forma ainda melhor, com menor custo. É isso que pretendemos. E é a essa luz que
estamos desenhando o próprio critério de prestação de serviço público, atendendo à realidade económica e
social do nosso país hoje e à realidade do Estado neste momento; e é relacionando isso com uma série de
critérios que se prendem com problemas de assimetrias de informação, com a diversidade de preferências no
território, com as necessidades maiores ou menores de escala, em diferentes partes do território, com as
acessibilidades que são diferentes, em diferentes partes do nosso território, com a duplicação de serviços, que
existem em certas partes do território, mas não noutras partes do território.
É atendendo a tudo isso que podemos tratar estes assuntos com seriedade e não na base do preconceito,
que podemos realmente resolver os problemas dos portugueses, com sustentabilidade, e fazendo-o de forma
a oferecermos melhores serviços aos portugueses.
O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Muito bem!
O Sr. Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional: — Queria agradecer ao Sr. Deputado António
Filipe pela pergunta que, finalmente, foi colocada e à qual vou responder com muito gosto.
As eventuais entidades que podem ser parceiras no âmbito dos espaços do cidadão são só entidades que
prestem serviço público e nenhuma delas vai ter acesso a dados sensíveis. Em nenhum desses casos,
nenhum desses funcionários, por exemplo dos CTT, terá acesso ao conteúdo de qualquer base de dados. Não
é isso!
Protestos do PCP.
Do que se trata é do aconselhamento e do apoio ao acesso digital por parte do próprio cidadão aos
serviços que o Estado já disponibiliza em termos de sites da Administração Pública. Do que se trata é do apoio
ao acesso ao digital.
O Sr. João Oliveira (PCP): — De que é que isso serve?!
O Sr. Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional: — Como eu disse na minha intervenção inicial,
já temos na nossa Administração Pública uma disponibilização de serviços notável em termos digitais, na