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20 DE DEZEMBRO DE 2013

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A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — O seu colega é que fez a pergunta!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Fala-se muito da questão dos serviços públicos, mas sempre que a

discutimos fazemo-lo ministério a ministério, área a área, nunca discutimos o mapa, nunca a discutimos do

ponto de vista do cidadão.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Cada vez que discutimos manter ou não manter ou modificar um

serviço público fazemo-lo, em primeiro lugar, área a área e, em segundo lugar, focamos os direitos (legítimos,

é óbvio) laborais dos funcionários públicos…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … e raras vezes passamos tempo a discutir os direitos legítimos dos

cidadãos em geral,…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … que são quem usufrui desse serviço público, que são o objeto

desse serviço público!

Aplausos do CDS-PP.

Portanto, Sr. Ministro, reconhecendo o enorme avanço que tem feito nesta matéria ao olhar para o território

como um todo do ponto de vista de cidadão, e pensando sobretudo em territórios de baixa densidade

populacional, o que lhe pergunto é qual é o critério. Ou seja, pergunto-lhe qual é o critério utilizando o prisma

do cidadão do ponto de vista da política de território e da descentralização. Aliás, a descentralização tem sido

sempre um desígnio unânime: nunca ouvi ninguém defender a centralização, mas, curiosamente, as décadas

passam e Portugal é cada vez mais um país centralizado.

O Sr. António Filipe (PCP): — Porque é que será?!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Se pensarmos um bocadinho porquê, não deixa de ser curioso.

Do ponto de vista das escolhas que temos que fazer, qual é o modelo de território que defendemos? Por

exemplo, defendemos a concentração de um número básico de serviços em cidades de média ou de pequena

dimensão?

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Ora bem!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Ou defendemos que em cada concelho se tem de manter uma

determinada representação do Estado?

Essas escolhas não são fáceis, mas o facto de as termos vindo a adiar de década para década tornou

necessário fazê-las numa altura em que isso não só é mais difícil como é mais imprescindível.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, para formular a próxima pergunta, o Sr. Deputado Miguel Tiago do

PCP.