9 DE JANEIRO DE 2014
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Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Leal
Coelho.
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O Acórdão do Tribunal
Constitucional que se pronuncia pela inconstitucionalidade do artigo 7.º da lei da convergência das pensões é
muito claro ao afirmar que é admissível, por razões de sustentabilidade financeira do sistema de segurança
social e dos dois sistemas que pretendíamos ver convergidos por razões de justiça, de equidade e de
proporcionalidade com esta lei. Mas o Tribunal é muito claro quando se refere à alteração das circunstâncias
demográficas, económicas e financeiras. E nós sabemos que, embora as alterações de circunstâncias que se
reportam à questão demográfica não sejam especificamente imputáveis àquilo que foram os termos da
governação nos últimos 40 anos de democracia, a verdade é que a alteração das circunstâncias financeiras e
económicas tem uma causa muito clara: essa causa são os seis anos de governação do Partido Socialista,
que implicaram uma despesa na ordem de 2 milhões de euros/hora, vezes 24 horas, vezes 365 dias, vezes
seis anos!
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Por isso, quando o Partido Socialista vem aqui apelar ao princípio do
Estado de direito para garantir a sustentabilidade da revisão do sistema de pensões, a qual permitiria a
convergência das pensões da Caixa Geral de Aposentações (CGA) com as da segurança social e também a
sustentabilidade para o futuro por razões de justiça intergeracional, esquece-se que a violação do princípio do
Estado de direito se deu precisamente quando, nos 10 anos que antecederam a atual governação, o Partido
Socialista não teve a preocupação de promover condições de sustentabilidade para o presente e para o futuro.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — 16 anos!
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — É verdade, Sr. Deputado, 16 anos!
Esta maioria acata com respeito a devolução do decreto da Assembleia da República, que foi promovida
pelo Presidente da República com base num acórdão do Tribunal Constitucional, e promoverá o expurgo deste
artigo no âmbito do decreto. No entanto, esta coligação, este Governo, esta maioria continuarão a trabalhar no
sentido de resolver os problemas de sustentabilidade para proteger não só as gerações atuais como as
gerações futuras.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, terminámos este ponto da ordem do dia.
Antes de prosseguirmos, e tratando-se da primeira sessão deste ano, queria, em meu nome pessoal, em
nome da Sr.ª Presidente da Assembleia da República e em nome da Mesa, desejar aos Srs. Deputados um
bom ano novo, extensivo aos Srs. Funcionários e aos Srs. Jornalistas que nos acompanham. Bom ano para
todos.
Vamos passar às declarações políticas.
Para o efeito, tem a palavra o Sr. Deputado José Magalhães, que felicito pelo seu regresso à Assembleia.
O Sr. José Magalhães (PS): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Manda a tradição que, no início do
ano, nos desejemos bom ano novo em nome de quem nos elegeu.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Foi o que acabei de fazer, Sr. Deputado.
O Sr. José Magalhães (PS): — E muito bem, Sr. Presidente.