I SÉRIE — NÚMERO 42
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Protestos da Deputada do PS Sónia Fertuzinhos.
Sabe quem estava no Governo em 2007? Era o Partido Socialista! Sabe quantas crianças nasceram a
menos em 2007 relativamente a 2006? 2957 crianças.
A Sr.a Sónia Fertuzinhos (PS): — E em 2008?
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Em 2010, saltando dois anos, sabe quantas crianças nasceram a menos
relativamente a 2009, em que o PS estava no Governo? 1952 crianças. Portanto, Sr.a Deputada, não vale a
pena atirar as culpas aos outros quando nós temos telhados de vidro!
Aplausos do PSD.
O que é importante dizer-se é que foi o PSD, foi este Primeiro-Ministro e foi agora o Presidente do PSD que
colocou na agenda política a questão do declínio demográfico.
A Sr.a Sónia Fertuzinhos (PS): — Isso é ignorância ou é má-fé!
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Foi este Presidente que colocou, de novo, este assunto na agenda política,
porque não se tem visto nada, nem ouvido nada, quer da parte do Partido Socialista, quer da parte de outras
bancadas, relativamente a esta questão.
O PSD não está a fazer nada de muito novo, apenas está a defender mais uma causa, que foi elevada à
categoria de prioridade nacional.
A Sr.a Sónia Fertuzinhos (PS): — São estados de alma!
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Não são estados de alma, Sr.a Deputada!
Foi o PSD que contribuiu decisivamente para que a taxa de natalidade não fosse ainda mais baixa. Sabe
porquê? Porque o Dr. Albino Aroso — em relação a quem a Assembleia da República aprovou um voto de
pesar há pouco tempo —, enquanto Secretário de Estado da Saúde do PSD, conseguiu travar a maior luta que
houve no País para diminuir a mortalidade infantil. E foi pelo facto de a mortalidade infantil ter sido reduzida
para números que podem ombrear com os da maior parte dos países europeus que hoje o declínio
demográfico não é muito mais grave ainda.
O Sr. Deputado João Oliveira fez distribuir à Mesa um texto que não foi escrito por mim.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Mas está assinado por si!
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — O texto que escrevi foi para uma edição impressa do jornal i, em que e a
expressão «peste grisalha» está colocada entre aspas. Mas leia o que está escrito antes dessa expressão,
dizendo tratar-se de um fenómeno de envelhecimento populacional. O artigo não se destina a atacar, a insultar
e a atingir alguém na sua honra e dignidade, muito menos os reformados, que não são apenas património do
Partido Comunista.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Património?! É assim que se refere aos idosos?!
O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Os seus reformados são os meus reformados! Os reformados são pessoas
deste País que merecem o mesmo afeto, a mesma atenção, as mesmas preocupações quer do PCP, quer do
PSD.
A Sr.a Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.