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30 DE JANEIRO DE 2014

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Contudo, Portugal continua abaixo da média europeia naquilo a que a União Europeia chama «indicador

composto de excelência»,…

A Sr.ª Elza Pais (PS): — E também subimos muito!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — … que mede o número de patentes e uma série de outros indicadores

objetivos, obtendo-se, para todos os países, um indicador composto, a que chamam «indicador de

excelência».

Face a isto, o CDS acredita que nos recursos humanos qualificados que temos não faltam nem qualidade

nem excelência, e, portanto, acreditamos que a questão deve estar noutro fator, nomeadamente nas

infraestruturas, nos laboratórios, nas equipas que acompanham a investigação.

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Por isso, quando o Governo faz a opção, que acho ser legítima — é

uma opção política, com certeza, mas é uma opção legítima —, de alocar menos verbas para bolsas

individuais e mais verbas para as instituições, para os programas doutorais e para as instituições de I&D está

a fazer um caminho que é seguido pelos países que no indicador composto de excelência estão no topo das

tabelas da União Europeia.

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Portanto, acho que se trata de uma opção legítima. É uma opção que

dará, de facto, um outro enquadramento à forma como se faz investigação em Portugal, isso é inegável, e que

vem, aliás, contrariar aquilo que foi feito nos últimos anos.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr. Deputado, peço-lhe que conclua.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Estou mesmo a terminar, Sr. Presidente.

O PS dizia, há dias, que 2010 e 2011 foram anos de rigor orçamental, em que tinha tirado orçamento às

instituições e aos programas doutorais. Se se fizer uma reposição e, com isso, se garantir melhor qualidade,

julgamos que será favorável para a ciência. Aliás, permite-se que com essas verbas sejam também

contratados investigadores, porventura em melhores condições do que as oferecidas pelas bolsas individuais.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma segunda intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada

Nilza de Sena.

A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Antes de mais, gostaria de cumprimentar

os peticionários.

Aproveito a minha segunda intervenção para dizer à Sr.ª Deputada Catarina Martins, do Bloco de

Esquerda, que decorou muito bem o texto do seu papel. Mas o teatro não se faz só com atores, Sr.ª Deputada,

faz-se com encenadores, com equipamento e com meios. Na ciência é exatamente a mesma coisa, ou seja, a

ciência não são só as bolsas individuais.

Quero aqui repor a verdade dizendo que, de facto, temos centros de excelência e temos 9,2 investigadores

por cada 1000 habitantes, portanto, acima da média europeia. Apesar de tudo — respondendo à Sr.ª

Deputada Elza Pais —, com a política de Mariano Gago tivemos resultados que ficaram aquém daquilo que

poderíamos ter feito.

Protestos do PS.