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I SÉRIE — NÚMERO 42

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que já existiam… —, a Sr.ª Secretária de Estado diz que temos investigadores a mais. Entendam-se!… Temos

investigadores a mais ou temos investigadores a menos?

Não é verdade que tenhamos investigadores a mais, tanto que no indicador do número de investigadores

por cada 1000 habitantes ativos subimos muito, mesmo muito, mas ainda não chegámos aos patamares dos

países nórdicos, que são a referência para este Ministro.

Não é verdade que tenhamos investigadores a mais, Sr. Deputado, porque há projetos sem investigadores,

que estão em rotura e que serão interrompidos. Quer exemplos? Vá ver o que se passa com a oceanografia,

de onde saíram 180 bolseiros, contexto para o qual o Governo não tem nenhuma solução, zero!

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Peço-lhe que conclua, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Elza Pais (PS): — Estou a terminar, Sr. Presidente.

Falam de excelência. Onde está a excelência que querem promover? Deviam falar de excelência na forma

como os concursos foram feitos! Pautaram-se por uma ausência de excelência… Teriam mesmo zero,

atendendo a que estes concursos estão pejados de grandes irregularidades, de classificações que são

alteradas.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Elza Pais (PS): — Sr. Presidente, estamos perante um acontecimento na vida do nosso País que

mostra que a ciência, de facto, está sem rumo, está num novo paradigma, que é o paradigma falhado.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Michael

Seufert, do CDS-PP.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Naturalmente, em primeiro lugar,

queria também cumprimentar, em nome do CDS, os peticionários. Tecnicamente, a questão subjacente,

relativa à abertura dos concursos, foi resolvida, mas imagino — e, com certeza, tenho razão — que as outras

questões que se levantaram, acessórias a essa, preocupam os peticionários de igual forma.

O Parlamento tem falado sobre a matéria em causa várias vezes nas últimas semanas. De facto, já

estiveram connosco a Sr.ª Secretária de Estado da Ciência, o Sr. Ministro da Educação, no Plenário, o Sr.

Presidente da FCT e estará novamente connosco na sexta-feira, em comissão, o Sr. Ministro da Educação

para falarmos sobre um tema muito concreto, que para os bolseiros diz respeito à sua vida de uma forma

muito acentuada mas que, sobretudo, diz respeito — é importante referi-lo — ao País, à forma como Portugal

olha para o Sistema Científico e Tecnológico Nacional e como aloca os recursos públicos a esse sistema.

Se olharmos para os números sem os qualificar, contrariamente ao que a Sr.ª Deputada Elza Pais aqui quis

fazer, dizendo que é mais ou que é menos, se olharmos objetivamente para os números que dizem respeito,

por exemplo, ao número de investigadores em proporção com a população ativa ou ao número de novos

doutorados todos os anos — estes números andam muito a par, como se percebe —, verificamos que

estamos, de facto, no topo da Europa. E, fazendo aqui uma qualificação, julgo que isso é positivo.

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Obviamente!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Portugal está no top 5 da Europa no que diz respeito a número de

investigadores.

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Como é que se chegou aí?

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Não qualifico, não digo que são a mais ou a menos, mas estes

números, da Comissão Europeia, parecem-me muito satisfatórios.