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6 DE FEVEREIRO DE 2014

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O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Sr.ª Presidente, começo por agradecer as perguntas que foram

colocadas pelos Srs. Deputados Hélder Amaral e João Galamba.

Sr. Deputado João Galamba, li bem a sua entrevista, mas gosto sempre que as pessoas, quando dão uma

entrevista, venham aqui retratar-se. E o Sr. Deputado disse hoje uma coisa extraordinária: que não

concordava com o corte na despesa e que também não concordava com o aumento de impostos. Então, como

é que o Sr. Deputado quer cumprir o Tratado Orçamental que o PS assinou? Como é que, assim, o Sr.

Deputado consegue cumprir as metas orçamentais? Assim não é possível!

O Sr. João Galamba (PS): — Elas têm de ser negociadas!

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Depois, vem com outra teoria extraordinária — e desculpe que lhe

relembre estes números: que o défice não traz nova dívida. Eu nunca tinha ouvido isto!

O Sr. João Galamba (PS): — Eu não disse isso.

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Disse mais ou menos isto. Quer dar outra entrevista a desdizer o que

acabou de dizer?!

Sr. Deputado, lembro-me perfeitamente que, em 2009 e 2010, tivemos um défice na ordem dos 16 mil

milhões de euros. Se isto não é criar nova dívida é o quê? Isso não é sério da sua parte, Sr. Deputado.

Não o consigo acompanhar na sua teoria económica e acho que também ninguém consegue. De facto,

está muito à frente, como me diz aqui alguém.

Sr. Deputado, continuo a dizer que nós nem nos importamos que o Partido Socialista faça um novo encore

daquilo que ontem fez na 1.ª Comissão, pondo o Sr. Deputado Jorge Lacão a ler 21 páginas ou a utilizar 59

minutos para apresentar propostas concretas para a economia, porque ansiamos por propostas do Partido

Socialista. É isso que nós queremos. Se não concordam com as nossas medidas, apresentem medidas

alternativas.

As metas são para serem cumpridas, pelo que temos de as cumprir. O Sr. Deputado concordará comigo

em relação a isso.

Nós temos sabido cumprir essas metas, mas se o Sr. Deputado e o seu partido discordam, façam o favor

de apresentar novas medidas, façam o favor de nos explicarem como é que atingem certas metas se não

querem aumentar impostos ou se não querem cortar na despesa.

Por último, Sr. Deputado Hélder Amaral, precisamos, de facto, que este País seja acarinhado por todos

nós. Precisamos que o País tenha confiança no que está para a frente, mas precisamos de ter a enorme

responsabilidade de cumprir aquilo que assinámos porque, ainda hoje, dependemos de terceiros. Infelizmente,

ainda estamos a pagar uma fatura muito alta por aquilo que nos aconteceu nos últimos anos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Aqui se completa o tempo da declaração política do PSD.

Passamos à próxima declaração política, que cabe ao PS, para a qual dou a palavra ao Sr. Deputado Jorge

Lacão.

Pausa.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, peço que baixem o ruído na Sala, para o Sr. Deputado Jorge Lacão

poder usar da palavra.

Há pouco, quando falou o Sr. Deputado Nuno Encarnação, às vezes também era difícil conseguir ouvi-lo.

O Sr. Jorge Lacão (PS): — Srs. Deputados, não se enervem, que ainda é cedo!

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Com a assinatura do Memorando de Assistência Financeira, além

do Governo da época, o PSD e o CDS vincularam-se a executar uma reforma do sistema judiciário baseado