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I SÉRIE — NÚMERO 59

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Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos da Deputada do BE Mariana Mortágua.

Mas a manifestação que queria aqui deixar era, tão simplesmente, esta: o timing deste manifesto é, a todos

os títulos, inapropriado. É que é inacreditável que, no dia em que estamos com as taxas de juro…

Protestos do Deputado do PS João Galamba.

Sr. Deputado João Galamba, sei que, hoje, não foi o Sr. Deputado que falou, mas vai ter de me ouvir com

alguma paciência.

A questão, Srs. Deputados, é só uma: o manifesto aparece a dois meses de sairmos do Programa de

Ajustamento, o manifesto aparece no dia em que baixámos as taxas de juro abaixo de 4,5%.

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Daqui a dois meses, já subscrevem?

O Sr. Luís Menezes (PSD): — E se tenho todo o respeito pelas pessoas que assinaram este manifesto,

também não me esqueço que o manifesto é assinado por pessoas que deviam ter outra responsabilidade e

outro sentido de Estado e pensarem sobre os timings em que apresentam estas propostas e lembrá-los que

foram os responsáveis por muita da situação que hoje estamos a viver.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Muitos foram ministros das Finanças e muitos foram ministros das Obras Públicas. O ministério de João

Cravinho, em particular, deixou milhares de milhões de euros para esta juventude e para as gerações

vindouras pagarem e agora vem falar em reestruturar a dívida que ele nos deixou?!

Como disse hoje o jornalista José Gomes Ferreira, e bem, esta é uma carta que vem de uma geração

errada.

Tenham vergonha!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — O próximo pedido de esclarecimento é do PCP.

Tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Menezes, na declaração política que fez

da tribuna falou de Portugal como se fosse a terra do leite e do mel.

Sr. Deputado Luís Menezes, não é esse o País que os senhores deixam quando saírem do Governo. O

País que os senhores deixam pode ser retratado num exemplo muito simples, que é o exemplo de doentes

que nos hospitais, em vez de fraldas, são tratados com toalhas e sacos do lixo, porque os senhores cortaram o

financiamento dos hospitais. As pessoas hoje são tratadas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde como

se estivéssemos num país em guerra. É este o vosso Governo! O Governo das fraldas com toalhas e sacos do

lixo nos hospitais, Sr. Deputado Luís Menezes!

Neste pedido de esclarecimento, gostaria de concentrar-me em duas frases que o Sr. Deputado disse da

tribuna. Disse que o País está hoje melhor do que estava em maio de 2011 e, relacionada com esta, disse

que, apesar disso, os portugueses não sentiram ainda que o País está melhor.

A minha primeira pergunta é para saber que País é esse. Que País é esse de que o Sr. Deputado fala que

está melhor e que não tem pessoas? É que nós temos uma resposta a dar-lhe, Sr. Deputado, porque nós

sabemos qual é esse País que está melhor, esse País que não tem pessoas e que está melhor. É o País das

SGPS que, em 2012, amealharam 1045 milhões de benefícios fiscais que o Governo concedeu, mas que

escondeu das contas gerais do Estado.