13 DE MARÇO DE 2014
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Para isso, devemos contar com o Partido Socialista. Bem sei que o Partido Socialista disse ontem:
«Estamos disponíveis para o consenso, mas não estamos disponíveis para cortes na saúde e na educação!»
Ora, não há frase mais eleitoralista do que esta, não há frase mais demagógica do que esta. Afinal de contas,
estão disponíveis para que consenso?!
O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — É o consenso de Ferreira Leite e de Adriano Moreira!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Façamos, então, uma discussão e assentemos que não se corta na
saúde e na educação. Mas sentem-se à mesa e aceitem conversar com o Governo para enfrentar e apoiar os
portugueses.
Sr. Deputado, gostaria de perguntar-lhe que valor é que dá a esta necessidade de encontrarmos um
consenso no sentido de manter um rumo para pagarmos a dívida que for possível pagar, mas, acima de tudo,
para voltarmos a ter acesso ao financiamento para ser possível, isso sim, ajudar quem precisa e dotar a
economia portuguesa dos meios e dos mecanismos para podermos convergir com o resto da Europa. Foi isso
que nos propusemos no início do mandato e é isso que estamos a conseguir, é desse objetivo que estamos
cada vez mais perto.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Menezes.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados Hélder Amaral e João Oliveira, começo por
agradecer as questões que me colocaram.
Sr. Deputado João Oliveira, quanto à sua afirmação «quando esta maioria sair do Governo», quero dizer-
lhe que esta maioria há de sair do Governo quando os portugueses decidirem que ela saia do Governo. Não é
por os senhores dizerem que ela vai sair que sai.
Já agora, quero dizer-lhe que, em relação ao exemplo que deu — e que realmente é lamentável que
tivesse ocorrido —, o que também é lamentável é todas as semanas ouvirmos os senhores falar da questão
das fraldas nos hospitais. É uma vergonha. É o grau zero da política! Os senhores repetem isso dia após dia.
Protestos do PCP.
Sabe porquê? Porque não têm mais nenhum argumento para apresentar ao País.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Queria que escondêssemos? Nós não estamos cá para esconder!
O Sr. Luís Menezes (PSD): — É uma tristeza, é uma pobreza a política feita desta maneira.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Se faltam coisas em hospitais, deve suprir-se a falta imediatamente.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vai daí…!
O Sr. Luís Menezes (PSD): — E foi o que aconteceu, de facto. Mas os senhores, todas as semanas, não
arranjam outro assunto para falar.
Repito, é lamentável, é baixa política e é tudo o que os portugueses não querem ver nesta Câmara. É por
isso que os portugueses começam a estar fartos dos políticos e dos partidos.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Tristeza é termos chegado a este ponto! Os portugueses estão fartos é
desta maioria e deste Governo!