I SÉRIE — NÚMERO 63
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O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Quanto é que vale?
O Sr. João Oliveira (PCP): — Não limitem as inscrições no sistema!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Aí, sim — e é o que o Sr. Deputado João Oliveira deveria ter dito —, vai
ser pago pelos impostos lançados sobre todos os portugueses,…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — E é isso que os senhores querem!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … e isso é que é perverso.
Portanto, o Governo, ao tomar esta medida, toma-a, a nosso ver, e muito bem, pelas melhores razões e na
defesa dos interesses de todos aqueles que, neste momento, beneficiam da ADSE.
A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Irei concluir, Sr.ª Presidente.
A questão que aqui se coloca, e que eu remeto à Sr.ª Ministra das Finanças — e essa é que é
perfeitamente legítima e é o ponto crítico da situação —, é saber se se vai fazer, e a Sr. Ministra já deu aqui
umas pistas, aquilo que até agora não foi feito na ADSE: o estudo actuário da mesma, o estudo das
contribuições e da sustentabilidade…
O Sr. António Gameiro (PS): — Também já tiveram tempo!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … e saber para futuro (e ainda agora acabámos de discutir a Lei Geral do
Trabalho em Funções Públicas), dado que este subsistema adquire laivos quase de um seguro coletivo, se se
vai permitir, de facto, a participação dos beneficiários na gestão efetiva do mesmo.
Esta é que é a questão que temos de debater e não vir aqui com falsas questões de impostos, que não
existem,…
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Ai não?!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … e querer lançar para cima dos restantes portugueses o ónus da
sustentabilidade.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Tem de estudar melhor o assunto!
A Sr.ª Presidente: — A terceira pergunta é do PCP.
Sr. Deputado Jorge Machado, faça favor.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados, ao
contrário do que a Sr.ª Ministra, os membros do Governo e o Primeiro-Ministro afirmam, esta medida não se
destina a resolver o problema da sustentabilidade financeira da ADSE. Isso é uma mentira com «perna curta»,
como diz o nosso povo.
A verdade é que o Governo começou por falar em défice da ADSE e agora corrigiu o discurso e quer a Sr.ª
Ministra quer o Primeiro-Ministro falam em «assegurar eventualidades futuras», como se fosse preciso
assegurar cataclismos que aí vêm.
Portanto, é uma desculpa esfarrapada, esta da sustentabilidade. A pergunta que quero deixar à Sr.ª
Ministra é a seguinte: como justifica o aumento dos descontos para a ADSE se, em 2013, de acordo com os
documentos da própria ADSE, ela já teve um excedente de 55 milhões de euros? Como é que justifica o