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27 DE MARÇO DE 2014

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crescimento que se fez sentir, diminuíram os rendimentos de milhares de portugueses. Ignorar este efeito é

não perceber os mais recentes dados sobre a pobreza.

Felizmente, a tendência de subida do desemprego foi invertida em 2013. De um primeiro trimestre sempre

a crescer, foi possível assistirmos a uma diminuição lenta, mas sustentável, da taxa de desemprego, de 16,7%

para 15,3%, o que significa uma nova oportunidade para 122 000 portugueses. São, contudo, números ainda

demasiado elevados, com os quais nunca podemos estar satisfeitos.

Durante este período de crise, assegurámos que o Estado social protegia aqueles que saíam do mercado

de trabalho. Foi nesse sentido que, em matéria de subsídio de desemprego, o Governo conseguiu assegurar

que o subsídio de desemprego para os trabalhadores mais velhos e com carreiras contributivas mais longas vá

até aos 24 meses, em vez dos 18 meses negociados pelo anterior Governo no Memorando com a troica.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — Igualmente importante foi a

diminuição do prazo de garantia do subsídio de desemprego, de 15 para 12 meses, uma medida que é muito

importante para os mais jovens.

E é também por isso que a taxa de cobertura social, isto é, o número de pessoas desempregadas que têm

uma proteção social ou que estão integradas em medidas ativas de trabalho ou em formação profissional

subiu quase 10%, de 2011 até 2014.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — Com a recuperação da nossa

economia, as ofertas de emprego tiveram um aumento, em fevereiro de 2014, de 76%, face a fevereiro de

2013.

Hoje, os serviços públicos conseguem empregar mais 70% de portugueses do que em igual período do ano

passado, o que constitui uma oportunidade para os desempregados, que veem neste crescimento da procura

um sinal de esperança face ao difícil momento que atravessam. Um sinal positivo, mas que a todos os níveis

tem de ser trabalhado para ganhar mais espessura para chegar a todos os lados e a todas as famílias

portuguesas.

Vozes do CDS-PP: — Exatamente!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — E os dados do INE?!

O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — Sr.as

e Srs. Deputados, como dizia,

estes níveis de desemprego têm um impacto concreto. Os níveis de pobreza cresceram na população ativa,

nos menores e nas famílias com crianças, algo que já vinha acontecendo desde 2009 e para o qual vimos já a

desenvolver respostas do ponto de vista social.

Por isso mesmo, majorámos em 10% o subsídio de desemprego para os casais com filhos a cargo, medida

que tinha sido retirada pelo anterior Governo, porque reconhecemos que nestas casas o drama social é ainda

mais intenso.

E, do ponto de vista social, fizemos uma aposta inequívoca na proteção dos mais idosos.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Bem lembrado!

Protestos da Deputada do BE Mariana Mortágua.

O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — Uma proteção expressa, desde logo,

no aumento em 5,3% das pensões mínimas sociais e rurais para cerca de 1,1 milhões de portugueses. Ou

seja, 40% de todo o universo de pensionistas da segurança social, que em 2011 tinham visto congeladas as

suas pensões e que tiveram nestes anos um aumento anual médio de 160 €.