O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 65

28

Sr. Presidente, como estou a responder conjuntamente, pedia que houvesse aqui alguma tolerância.

Queria também responder, de uma forma direta, ao Sr. Deputado Pedro Filipe Soares. Eu disse, e vou aqui

repetir: independentemente das medidas que vierem a ser adotadas — e vão ter de ser adotadas muitas, no

âmbito da redução da despesa, de uma forma até permanente e estrutural —, o que quero garantir é que a

estratégia que o PSD e a maioria seguem é que os funcionários públicos, mesmo com outras medidas, não

vão ter um corte no seu rendimento.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Ficou claro, agora?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E vou responder-lhe diretamente à questão que coloca, à questão da

tabela salarial, que só vai vigorar para o próximo ano. Vamos aguardar a decisão do Governo, mas o que

quero transmitir é que, se dessa tabela puder significar um decréscimo da retribuição de algum funcionário

público, isso não vai fazer com que esse decréscimo seja equivalente a uma perda daquilo que é o seu

rendimento de hoje, que é um rendimento que está atingido por cortes que estão em vigor no âmbito da

aprovação do último Orçamento do Estado.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Se quiser que eu traduza, dir-lhe-ei o seguinte: se houver medidas que

substituam os cortes atualmente em vigor, isso significa que os cortes que estão atualmente em vigor terão de

diminuir.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder

Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, em nome da bancada

do CDS e em meu nome pessoal, quero dar os parabéns ao Partido Social Democrata pelas suas jornadas

parlamentares. Mas permita-me, em particular, dar-lhe novamente os parabéns por as terem realizado em

Viseu, a minha cidade. E não vou perguntar-lhe se foram bem recebidos porque, em Viseu, não há outra forma

de receber que não seja a de receber bem. O Sr. Deputado teve certamente oportunidade de ver como é que

uma cidade do interior apresenta níveis de resiliência bastante acima da média e isso acontece porque

tivemos a sorte de não ter sido governados pelos gastadores da República.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É que só o CDS e o PSD governaram aquele município, o que se nota

na referida resiliência.

Isto, ao contrário do País, que teve a infelicidade de ter sido governado pelos gastadores da República,…

Protestos do PS.

… exatamente um dos assuntos de que se falou nas jornadas parlamentares.

Sr. Deputado, fiquei satisfeito por o tema das jornadas parlamentares ter sido o pós-troica, e por, no pós-

troica, terem posto a ênfase nas questões sociais. Falou-se também de uma mudança de ciclo no País, coisa

que gostamos de ouvir, de um Estado mais eficiente, mais amigo do investimento e da economia. Gostaria,

pois, que comentasse isso.

Tenho pena que o Partido Socialista, que fica muito nervoso com alguma praxe parlamentar, não tenha tido

a coragem de responder ao desafio que lhe fez sobre os compromissos para o futuro e para a necessidade

que temos de encontrar mecanismos de consolidação orçamental.