O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

27 DE MARÇO DE 2014

31

Depois, vem a Sr.ª Ministra das Finanças dizer que nada está decidido. Mas o Sr. Deputado Luís

Montenegro sabe que há coisas decididas e diz que não há mais cortes nos salários e nas pensões, não é

verdade, Sr. Deputado?!

Então, quero dizer-lhe uma coisa: chame-lhe corte de salários ou de pensões, chame-lhe aumento de

impostos, chame-lhe aumento de contribuições ou chame-lhe aumento de qualquer tipo de taxa, o certo é que

vai sempre parar ao bolso das famílias — e agora voltamos ao início — e à política de rendimentos.

Não é possível o desenvolvimento do País quando os senhores vão permanentemente à carteira das

famílias portuguesas. O resultado é o empobrecimento constante das famílias portuguesas.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados Hélder Amaral, João Oliveira e Heloísa

Apolónia, agradeço as saudações que fizeram às nossas jornadas parlamentares.

Gostaria de começar por dizer, Sr. Deputado Hélder Amaral, que hoje o Banco de Portugal foi mais uma

instituição que, depois de muitas e depois do próprio Governo, veio rever em alta as projeções

macroeconómicas para este ano e para os próximos.

Fê-lo tendo em consideração o que está lá, preto no branco, e dizendo que os sinais de crescimento da

economia são sustentáveis e consistentes. Indiciam que vieram para ficar e para se constituírem como

alicerces de um ciclo de crescimento económico e de redução do desemprego.

Por isso, Sr. Deputado, é que a nossa oposição aparece cada vez mais isolada neste debate, afirmando

todos, praticamente, o mesmo. De facto, o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda, o PCP e Os Verdes dizem

todos o mesmo. A diferença é que o Partido Socialista tem outra responsabilidade,…

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … mas diz o mesmo!

Isto porque, contas feitas, aquilo que é defendido por todos é: «Não à austeridade! Não a corte de

despesa!» mas «sim ao cumprimento das metas do défice».

Vozes do PSD: — Ora bem!…

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — «Sim ao cumprimento do projeto de redução da nossa dívida».

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Acho que nem todos dizem o mesmo! Está enganado!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Portanto, todos dizem o mesmo e todos caem nesta contradição

insanável, que é não dizerem como é que conseguimos ter crescimento sólido e consistente, finanças públicas

equilibradas, menos défice e menos dívida. Sabe para quê, Sr. Deputado João Oliveira? Para não voltarmos a

ter troica!

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

Diz o Sr. Deputado: «Ah, a troica vai embora, mas as políticas continuam.»

Vozes do PSD: — Claro!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso não é rigor! É assalto!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Deputado, as políticas de rigor vão continuar. A diminuição da

despesa estrutural do Estado veio para ficar. E sabe por que é que veio para ficar? Porque queremos um País

onde o Estado possa cobrar menos impostos do que aqueles que foi forçado a cobrar para recuperar da

política que o senhor defende e que o Partido Socialista também defende.