O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

27 DE MARÇO DE 2014

35

É importante saber se na saúde, na educação, na segurança social, na própria sustentabilidade das contas

públicas, o PS vai dizer «presente», se vai dizer o que pensa e se vai dar sugestões para o futuro do nosso

País.

Sr. Deputado Pita Ameixa, permita-me que lhe diga que apelamos ao consenso e ao compromisso com o

Partido Socialista em matérias fundamentais para a sociedade não porque interesse a este ou àquele governo,

mas porque é isso que interessa ao nosso País, é isso que interessa a Portugal. E se queremos que o nosso

País volte a trilhar solidamente os caminhos do desenvolvimento económico e social, precisamos de estar

unidos e empenhados no futuro do País para que, como disse o presidente do meu grupo parlamentar, não

voltemos a ter mais nenhuma troica em Portugal, porque os portugueses não o merecem.

Por isso, estaremos sempre do lado daqueles que querem contribuir para o futuro do nosso Pais de forma

construtiva e positiva, ao lado dos portugueses.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado João

Ramos.

O Sr. João Ramos (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pita Ameixa, ouvimos bem a intervenção que

fez da tribuna e gostaria de lhe colocar algumas questões relacionadas com o que disse.

O Sr. Deputado referiu a necessidade de aumentar o salário mínimo nacional. Como sabe, o PCP defende

essa ideia há muito, nunca a abandonou, e teria sido bom que o PS também tivesse tido essa posição.

Vale a pena recordar que foi no tempo do Governo do PS que a concertação social definiu o aumento do

salário mínimo nacional e que o Governo do PS nunca o concretizou.

Era também importante que o Sr. Deputado nos dissesse se renega um conjunto de negócios ruinosos

para o País que foram feitos também no tempo do Governo do PS e se eles não voltarão a acontecer, como é

o caso das PPP e dos swaps, bastante desenvolvidos pelos governos do PS.

Gostaria de saber se o Sr. Deputado nos pode vir dizer também se o PS já está arrependido do acordo que

fez com o PSD relativamente às questões do IRC. Sabemos agora — apesar de muito termos insistido para

saber mais sobre os contornos da redução de IRC e de nos terem escondido isso — que entrarão menos 250

milhões de euros nos cofres do Estado. Os últimos números já nos falam da redução das receitas com o IRC,

mas do aumento das receitas do IRS.

Sr. Deputado, acima de tudo, gostaria de saber qual a posição do PS relativamente à reposição de um

conjunto de direitos alvo de cortes e de ataques, que o Sr. Deputado atribuiu, e muito bem, ao Governo do PS

e que classificou como maus. Entendemos que o PS desvinculou-se de algumas decisões, mas ainda não se

desvinculou ainda claramente do Memorando de Entendimento, do programa da troica — a que o PCP, muito

justamente, chama pacto de agressão —, que tem uma relação muito estreita com as dificuldades que os

portugueses vivem.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Peço que conclua, Sr. Presidente.

O Sr. João Ramos (PCP): — Concluo já, Sr. Presidente.

Como tal, questiono o Sr. Deputado sobre se o PS deve desvincular-se do acordo que assinou e, acima de

tudo, tendo em conta o que referi anteriormente, pergunto se o PS também se desvincula das suas anteriores

posições e opções políticas em prol do desenvolvimento de que o País precisa.

Aplausos do PCP:

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Pita Ameixa.

O Sr. LuísPita Ameixa (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, agradecendo a todos, quero responder

aos Srs. Deputados através de breves palavras.