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5 DE ABRIL DE 2014

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O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Ora bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Mas, Sr. Primeiro-Ministro, convém que essas decisões políticas

tenham adesão aos factos e à realidade. O problema a que assistimos, muitas vezes, é que as decisões

políticas do passado, sem adesão à realidade, deram no que deram.

Aplausos do CDS-PP.

De resto, não foi só em Portugal e ainda esta semana percebemos que o Sr. Hollande ficou a entender

bem este conceito, quando outrora era um inspirador da política do maior partido da oposição.

Sr. Primeiro-Ministro, ainda em relação à realidade, convém também ser rigoroso no debate político. O Sr.

Primeiro-Ministro fez aqui um desafio e foi objeto de um contra desafio para provar que o Partido Socialista

alguma vez tenha feito menção à existência de um segundo resgate. De facto, é preciso que os portugueses

saibam as posições políticas e que possam clarificar…

O Sr. António Gameiro (PS): — Diz muito bem, Sr. Deputado! Muito bem dito, mas só fala!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem dito, diz o Sr. Deputado, mas numa busca rápida pelo

Público, temos que António José Seguro, recebendo o Sr. Hannes Swoboda, líder parlamentar da Aliança

Progressista em Bruxelas, diz que um segundo resgate — cito — «(…) parece inevitável (…) e essa

negociação deve ser feita por um novo Governo com legitimidade democrática».

Protestos do PS.

E o Jornal de Notícias diz: «António José Seguro reconhece a necessidade de um segundo resgate em

Portugal e diz que só um novo Governo, resultante de eleições, está em condições de negociar com a troica».

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Bem lembrado!

Protestos do Deputado do PS António Gameiro.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Deputado, também há o som da TSF, que cito: «O líder do PS

considerou parecer inevitável um segundo resgate e afirmou esperar que o Governo não esteja a negociar nas

costas dos portugueses» — nas costas, já tem o sentido de uma segunda política, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. António Gameiro (PS): — Ah! Que escândalo!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Deputado, permita-me, enquanto partido democrata cristão e

para terminar, citar a Rádio Renascença: «Um segundo resgate parece inevitável. Qualquer negociação não

pode ser feita nas costas dos portugueses. Essa negociação tem de ser clara e deve ser feita por novo

Governo com legitimidade democrática».

Sr. Primeiro-Ministro, podia aqui citar todos os órgãos de comunicação social mas fica claro quem

defendeu o segundo regate e, sobretudo, fica claro quem levou Portugal ao resgate, quem está a tirar Portugal

desse mesmo resgate e quem parece não querer que Portugal saia desse mesmo resgate e querer que a

troica se mantenha por cá.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Foi uma conspiração dos jornalistas!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Nós não o queremos. Estamos a um mês e meio de o conseguir e

sabemos, obviamente, que isso será feito com enorme sacrifício dos portugueses, não o negamos,

nomeadamente ao nível do desemprego, que continua a ser um problema preocupante, na nossa opinião.