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3 DE MAIO DE 2014

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O Sr. João Oliveira (PCP): — Novos cortes?! Os salários deveriam ser devolvidos!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — E, do ponto de vista da Administração Pública, porque já foi aqui

muito dito, estamos a falar não só da reversão das reduções remuneratórias, sendo que o Governo se

compromete a que, já em 2015, 20% desta redução seja eliminada, mas também de uma reversão não em

cinco anos. Aquilo a que o Governo se compromete, se houver uma trajetória linear, que é a pior das

hipóteses, é a que em cinco anos os salários voltem a ser como eram,…

Vozes do CDS-PP: — Ora!

O Sr. João Galamba (PS): — Isso está escrito onde?!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … mas este ajustamento pode ser mais rápido, o que não poderá

nunca é ser mais lento. É disto que estamos a falar.

Estamos também a falar, e é bom lembrar, da retoma da normalidade nas promoções e nas progressões. O

que é que isto quer dizer? Quer dizer que muitas carreiras que estavam congeladas, até antes de este

Governo entrar em funções, recuperarão a normalidade, ou seja, serão descongeladas.

Indo, agora, diretamente àquilo que, creio, preocupa muito os portugueses porque muitos deles são

pensionistas, diria até que são a franja mais frágil da nossa população porque são aqueles que já não podem

trabalhar,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Vão ter cortes definitivos!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … é importante que fique muito claro que os senhores podem dizer o

que entenderem, mas nenhum pensionista ficará pior, nenhum pensionista ficará até como está, os

pensionistas ficarão melhor com estas medidas.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Ficarão pior, definitivamente!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Aquilo que o Governo faz, no momento da eliminação da contribuição

extraordinária de solidariedade, lembrando que há jurisprudência constitucional nesta matéria, e que há

jurisprudência que aponta um caminho de repartição de esforços — repartição entre públicos e privados,

repartição entre os dois sistemas, isto é, Caixa Geral de Aposentações e segurança social, e repartição entre

ativos e pensionistas —, é um esforço de moderação na repartição de esforços, ou seja, a nova taxa de IVA e

a nova taxa social são criadas e isto significa uma repartição de esforços entre a contribuição dos pensionistas

e a contribuição da sociedade e dos ativos em geral.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — É também bom lembrar que a integral receita destas novas taxas

será gasta não na despesa do Estado, não na despesa do Orçamento do Estado, mas, integral e

exclusivamente, na segurança social, ou seja, as pensões atuais ficam melhor do que estão e as pensões

futuras serão mais sustentáveis.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Também para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado

Pedro Jesus Marques, do PS.