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I SÉRIE — NÚMERO 80

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Para concluir, a verdade é esta: se tivéssemos feito em Portugal aquilo que a oposição clamava, aquilo que

o Partido Socialista queria que se fizesse, não estaríamos a encerrar o Programa, estaríamos a prolongar o

Programa e a austeridade de emergência, que acabou no nosso País.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira,

do PCP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr.ª Ministra de Estado e das

Finanças: Por muitas voltas que os senhores tentem dar, não conseguem esconder o que é óbvio — os

senhores querem continuar a política de agressão aos portugueses pelo menos até 2018.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Muito bem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — E não é só mantendo muitos dos sacrifícios que estavam criados, é

aprovando novos cortes, desta vez definitivos.

Os senhores querem que as medidas relativas à tabela remuneratória única e às pensões se tornem

definitivas, quando o ex-Ministro das Finanças Vítor Gaspar disse, neste Plenário, que os cortes nos salários e

nas pensões durariam até 2014. Confrontado com a questão, disse isso; depois de 2012 era 2013, depois de

2013 era 2014…

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Já ultrapassou o tempo de que dispunha, Sr. Deputado.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Ao aprovarem hoje este Documento de Estratégia Orçamental os senhores

fazem uma declaração de guerra aos portugueses, dizendo que vão ter de continuar a empobrecer enquanto

outros enriquecem e que, por vontade do Governo, esse empobrecimento da maioria para o enriquecimento

de uns poucos vai continuar definitivamente.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Vou concluir, Sr. Presidente, dizendo que se confirma a necessidade e a

urgência deste debate agendado pelo PCP. É que desta forma, Sr.ª Ministra das Finanças, fica clarificado o

programa que os senhores têm para este País: um plano de retrocesso, de atraso, de endividamento e de

dependência deste País; de arrastar os portugueses para a miséria e para o empobrecimento.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Muito bem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr.ª Ministra, não conte que os portugueses fiquem de braços cruzados. Nós

continuaremos ao lado dos portugueses a lutar pela vossa derrota e pela convocação de eleições antecipadas.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Não havendo mais inscrições, chegámos ao fim do primeiro ponto

da nossa agenda.

Entramos, agora, no segundo ponto, que consiste na discussão, na generalidade, da proposta de lei n.º

214/XII (3.ª) — Estabelece um sistema alternativo e voluntário de autenticação dos cidadãos nos portais e

sítios na Internet da Administração Pública denominado «Chave Móvel Digital».

Para apresentar o diploma, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado para a Modernização Administrativa.

O Sr. Secretário de Estado para a Modernização Administrativa (Joaquim Pedro Cardoso da Costa): —

Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: A aposta na administração digital e na massificação do uso dos