O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 82

26

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … é com a convicção que agora digo que esse caminho é ascendente, de

recuperação e que permitirá a quem ainda não o tem vir a ter um emprego e que os rendimentos das famílias

irão, seguramente, melhorar.

Até lá, pede-se um Governo que governe, e isso significa não gastar o que não tem, não prometer o que

não pode e gastar o que tem com equilíbrio, justiça e equidade.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado Artur Rêgo, a Mesa registou três pedidos de

esclarecimento, no entanto já esgotou o seu tempo.

Há algum partido disponível, da parte dos Deputados que se inscreveram para pedir esclarecimentos, que

poderá ceder algum tempo?

Pausa.

Se não for possível, a Mesa apelará ao esforço de síntese do Sr. Deputado e dar-lhe-á 1 minuto para

resposta conjunta aos pedidos de esclarecimento dos Srs. Deputados.

Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Machado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Artur Rêgo, a sua intervenção de mundo cor-

de-rosa é um insulto para os milhões de portugueses que passam dificuldades no nosso País.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É um facto!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — O Sr. Deputado fala de um mundo cor-de-rosa e hoje mesmo as notícias

que vêm a público falam do despedimento de 14 000 trabalhadores só no Barclays — foi hoje mesmo

anunciado.

É o seu Governo PSD/CDS-PP, ao contrário do que afirma, que nunca teve uma estratégia de combate ao

desemprego, porque sabe que o desemprego é um instrumento para fazer baixar os salários.

O desemprego, ao contrário do que disse, não diminuiu. Se juntar os 250 000 que emigraram, os 153 000

que estão em formação profissional, os 68 000 que estão em contratos de emprego-inserção, então ficamos

mais perto da verdadeira noção e dimensão do desemprego.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Hoje, temos 1,4 milhões trabalhadores desempregados, um dos mais

elevados níveis de desemprego alguma vez registado. Hoje estamos pior, bastante pior, do que estávamos

antes da troica.

O Governo PSD/CDS é responsável por esta dramática situação e nós queremos falar essencialmente do

futuro, Sr. Deputado.

O que é o CDS e o PSD propõem? O Documento de Estratégia Orçamental é claro como a água: mais

despedimentos na Administração Pública, mais rescisões, mais requalificação, aumento da taxa social única

— a tal «linha vermelha» do CDS —, mais impostos com o aumento do IVA.

Portanto, para além de atacarem os rendimentos, vão criar mais dificuldades à economia e mais

desemprego.

Propõem alterações ao Código do Trabalho, menos proteção social com cortes nas verbas do subsídio de

desemprego.

O PSD e o CDS-PP querem mais e mais desemprego, porque têm perfeita consciência de que um

desempregado sem proteção social aceita qualquer tipo de oferta de emprego, qualquer salário, qualquer

situação precária que seja.