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I SÉRIE — NÚMERO 82

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«Estimular duradouramente a contratação de desempregados de longa duração, nomeadamente as

mulheres». Diga lá, Sr. Deputado, quantas pessoas contrataram duradouramente nestas condições?

Por isso, deixo-lhe a pergunta: o CDS arrependeu-se ou andou a enganar os portugueses? A um homem

ou a uma mulher de 55 anos, que hoje não tem direito a qualquer prestação social, em 2011 os senhores

prometiam uma reforma; hoje, viram-lhes as costas ou «mandam-nos para debaixo do tapete».

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado Artur Rêgo, com muito boa vontade da Mesa, tem 1

minuto para responder, por consideração pelos Srs. Deputados que formularam as questões.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Agradeço a generosidade, Sr. Presidente. Serei muito rápido.

Sr. Deputado Jorge Machado, para mostrar a seriedade dos argumentos, quero dizer que os 14 000

despedimentos anunciados pelo Barclays é no Barclays mundo, não em Portugal.

Sr.ª Deputada Cecília Honório, aquilo que pensamos e que está na nossa génese e nos nossos princípios

tem de se ajustar à realidade e aos buracos ainda maiores que encontrámos quando fomos para o Governo.

Sr.ª Deputada Teresa Santos, agradeço a sua pergunta, que é pertinente, mas cuja resposta poderia até

causar-nos, neste momento, alguma tristeza face ao comportamento irresponsável que o Partido Socialista

tem tido de há muito tempo para cá e, à medida que nos vamos aproximando do período eleitoral mais

irresponsável é esse comportamento.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — É isso mesmo!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — De facto, é triste! Esse comportamento e essa vontade de «colaboração»

do Partido Socialista ficou hoje patente quando, em resposta à minha intervenção, não tendo eu especulado,

não tendo eu referido nenhuma mentira, nenhum facto inverdadeiro, os únicos comentários que vieram da

bancada do Partido Socialista foram meia dúzia de dichotes e graçolas de alguns Deputados.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Concluirei, Sr. Presidente.

Sr.ª Deputada, é essencial para este País e muito importante que o maior partido da oposição se junte a

nós e, com sentido de Estado, colabore nas reformas de fundo e estruturais que este País necessita.

A única questão que deixo no ar, face ao que tem sido a atitude do PS de renegar o seu passado e de não

assumir as responsabilidades, é se o maior partido da oposição que poderá colaborar connosco será este PS

ou será outro qualquer partido que apareça a substituí-lo, porque este não me parece muito disposto a honrar

as suas obrigações como partido de Governo.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para que efeito, Sr.ª Deputada?

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, o Sr. Deputado Artur Rêgo pôde responder às perguntas

não dispondo de tempo e devido à generosidade da Mesa em dar-lhe 1 minuto. Todavia, esse 1 minuto foi

utilizado para interpelar o PS sobre questões que consideramos absolutamente inaceitáveis e que carecem de

esclarecimento.

Perguntamos, por isso, se o PS pode ter a mesma generosidade por parte da Mesa para ter 1 minuto para

fazer uma intervenção final neste Plenário, uma vez que fomos diretamente interpelados por alguém que não

tinha tempo para falar.